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Joanna Jedrzejczyk foi campeã peso-palha do UFC entre 2015 e 2017.
Joanna Jedrzejczyk foi campeã peso-palha do UFC entre 2015 e 2017 - Louis Grasse/Ag Fight

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Após cogitar volta ao UFC, Joanna Jedrzejczyk decreta fim da carreira no MMA

Ex-campeã peso-palha (52 kg) do UFC, Joanna Jedrzejczyk pendurou as luvas em junho do ano passado, pouco antes de completar 35 anos de idade. Nos meses seguintes, porém, um possível retorno da polonesa ao octógono chegou a ser especulado, inclusive por ela. E, ao que parece, a volta da aposentadoria foi, de fato, uma opção cogitada pela ex-lutadora, mas um acontecimento fora de seu controle a demoveu da ideia de voltar às competições.

Em entrevista ao site ‘MMA Junkie’, Joanna admitiu que, após o anúncio de sua aposentadoria, foi tomada por uma dúvida sobre o fim de sua carreira. A polonesa, inclusive, chegou a voltar aos treinos na academia ‘American Top Team’, na Flórida (EUA), visando se preparar para um retorno ao UFC.

No entanto, de acordo com a ex-campeã, uma antiga lesão no ombro voltou a incomodá-la durante as atividades e colocou, definitivamente, um ponto final na chance de subir novamente no octógono mais famoso do mundo. O empecilho foi visto por Jedrzejczyk como um sinal de que sua decisão inicial deveria ser respeitada, e trouxe paz à polonesa.

“Eu fiquei muito triste, muito emotiva. Mas eu consegui ter serenidade no coração e na alma. É o que eu estava procurando, por oito meses depois que eu me aposentei. Eu senti como se não estivesse mais perseguindo isso. Isso é uma coisa boa. Triste, difícil, mas eu sinto calma. Era isso que eu estava sentindo falta nos primeiros meses depois que me aposentei”, revelou Joanna.

Portas abertas para outras oportunidades

Se por um lado, a carreira de Jedrzejczyk no MMA chegou realmente ao fim, por outro, a ex-campeã do UFC deixa as portas abertas para outras oportunidades para alimentar seu espírito competitivo. Como já havia mencionado anteriormente, a polonesa possui interesse em outros esportes, como o automobilismo – que podem servir como válvula de escape em busca da adrenalina de competição, mas nunca se igualar ao sentimento de entrar no octógono, de acordo com a própria Joanna.

“Eu quero lutar o ADCC (evento de grappling). Estou correndo (de carro). Quero jogar golfe e tênis. A questão é que esse é um esporte (MMA) muito difícil. Você tem que se dedicar muito. Nós nascemos como lutadores, porque estamos todos lutando pela nossa primeira respiração quando nascemos. Mas ser uma lutadora é uma coisa muito difícil, e nós precisamos dessa adrenalina. Precisamos dessa adrenalina no nosso sangue. Nós estamos sempre procurando por desafios e amamos perseguir uns aos outros. Essa é a questão. Eu tenho muitas paixões fora do MMA, mas você não pode compará-las com ser uma lutadora”, finalizou.

Com uma carreira de destaque também no muay thai e kickboxing, Joanna Jedrzejczyk viveu seu auge na carreira no MMA, mais especificamente no UFC, onde detém alguns recordes até hoje. A polonesa – que deixou a modalidade com um cartel de 16 vitórias e cinco derrotas – continua sendo a campeã peso-palha do Ultimate com maior número de defesas de título bem-sucedidas na companhia (5), além de outras marcas históricas.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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