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Julianna Peña sugere cinturão interino caso Amanda Nunes não volte até dezembro

Depois de ver sua oportunidade de lutar pelo título peso-galo ser adiada, após a campeã Amanda Nunes testar positivo para COVID-19 e ficar impossibilitada de competir no UFC 265, realizado no último sábado (7), Julianna Peña demonstra impaciência com a demora na definição de uma nova data. De fato, a lutadora americana parece tão avessa à espera que já sugere inclusive a criação de um cinturão interino para a categoria.

Presente em Houston (EUA), sede do UFC 265, onde originalmente enfrentaria a campeã, Peña conversou com a imprensa (clique aqui) e se mostrou incomodada com a situação. A desafiante ainda revelou que soube por fontes de dentro da própria ‘American Top Team’ – equipe da qual a baiana faz parte – que Amanda não estaria tendo uma boa frequência nos treinos, mesmo quando estava saudável, antes de ser contaminada pela COVID-19.

“Eu ouvi de uma companheira de time dela que ela não está nem treinando. Mesmo quando ela estava saudável e está saudável, ela mal tem estado na academia. Então, essa parte é frustrante para mim porque eu fiz dessa luta minha prioridade. E eu também tenho feito essa coisa de ser mãe. Eu quero aproveitar para dizer que eu entendo sua posição. Ela é uma mãe nova. Ela quer aproveitar o tempo com sua bebê, e falta um pouco de motivação para levantar para uma luta quando ela quer ficar com sua pequena recém-nascida”, comentou Julianna, antes de continuar.

“Eu entendo. Eu estive nessa mesma posição. Mas se você não vai lutar em dezembro, vai fazer dois anos desde que ela defendeu o cinturão até 61 kg. Nós temos que manter o trem andando. Vamos pegar uma garota que esteja pronta para lutar e nós vamos lutar pelo cinturão interino. E quando ela estiver pronta para voltar, ela pode vir arrancar dos meus dedos frios e mortos”, concluiu.

Soberana absoluta nas divisões galo e pena (66 kg) do Ultimate, Amanda Nunes fez sua última defesa de cinturão na categoria até 61 kg em dezembro de 2019, quando derrotou Germaine de Randamie. Desde então, a baiana só colocou em jogo a cinta até 66 kg, em duas ocasiões, contra Felicia Spencer e Megan Anderson, saindo vitoriosa de ambos os combates.

Em setembro do ano passado, Amanda se tornou mãe da pequena Raegan, ao lado de sua companheira, a também lutadora Nina Nunes, que antigamente utilizava o sobrenome Ansaroff. Assim como Amanda, Julianna Peña também foi mãe. A americana deu à luz em janeiro de 2018 e só voltou a competir em julho de 2019. Desde então, a ‘Venezuelan Vixen’ venceu dois confrontos e perdeu um.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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