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Reinaldo Reginato/PxImages

UFC

Card brasileiro com recorde de títulos em jogo tem Glover e Deiveson como zebras

Após um hiato de quase quatro anos, o UFC finalmente retorna ao Rio de Janeiro neste sábado (21), em evento que traz uma novidade para os fãs brasileiros. Pela primeira vez, uma edição do show contará com duas disputas de cinturão no mesmo card no país, o que somada à presença massiva de atletas nacionais – são 17 -, garantem motivos de sobra para atrair a atenção do público.

Para fechar a noite, Glover Teixeira e Deiveson Figueiredo carregam a missão de liderar o evento e garantir o fim de noite feliz para os quase 20 mil fãs que estarão no ginásio ‘Jeunesse Arena’. Curiosamente, ambos surgem como zebras nas casas de apostas em Las Vegas (EUA), embora vivam momentos diferentes em suas carreiras.

Aos 43 anos, Glover tenta reconquistar o título dos meio-pesados (93 kg), que segue vago após a lesão de Jiri Prochazka. Contrariando as estatísticas, o atleta, convocado de última hora para este show, é o segundo atleta mais velho a se tornar campeão do UFC e, neste sábado, terá a chance de ampliar a marca. Para isso, porém, terá que passar pelo nocauteador Jamahal Hill.

Embalado por três nocautes seguidos, o americano, 12 anos mais jovem, terá a chance de se tornar o primeiro lutador revelado pelo programa Contender Series e se consagrar campeão do evento. Com poder de nocaute ímpar, Hill tem apenas uma derrota na carreira, justamente contra um rival que foi capaz de derrubá-lo e controlar as ações no solo. E é essa a expectativa na visão dos especialistas para a estratégia do brasileiro.

No entanto, a diferença de idade parece ter pesado contra, o que pode ser um equívoco. A julgar pela carreira do mineiro no MMA, se reinventar e desafiar os prognósticos é regra, e não exceção.

Já Deiveson, campeão linear dos pesos-moscas e em seu quarto duelo contra Brandon Moreno, é uma surpresa na lista das zebras. Em sua última apresentação no octógono, ele venceu justamente o rival mexicano, em duelo no qual mostrou evolução tpecnica e, principalmente, estratégica. Mais cerebral do que de costume, Daico soube aproveitar as brechas do oponente para capitalizar com potentes golpes de encontro e garantir o triunfo.

Desta vez, porém, seja pelo hiato de um ano longe dos octógonos ou pela nova mudança de camp, o lutador não conquistou a confiança dos apostadores. Curioso, mas não chega a ser surpreendente. Campeão interino da categoria, Moreno é um dos competidores mais versáteis do UFC e um dos atletas mais populares do México. Não por acaso, esta é a primeira vez que lutadores disputam o mesmo título em quatro oportunidades no evento. A história será feita neste sábado!

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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