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Diego Ribas

Entrevistas

De olho no cinturão, Marlon Moraes aposta em reinado curto de Petr Yan no UFC

Marlon Moraes finalmente vai retornar ao octógono neste sábado (10), quando encara Cory Sandhagen, na atração principal do UFC ‘Fight Island 5’, na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU). Recentemente, o atual número um do ranking do peso-galo (61 kg) do Ultimate viu sua segunda chance de lutar pelo cinturão da categoria escapar, quando foi preterido no duelo contra Petr Yan, em relação ao seu compatriota, José Aldo. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Marlon destacou que pretende provar suas qualidades dentro do octógono para conseguir uma nova oportunidade de disputar o título. O brasileiro ainda aproveitou para analisar o campeão da divisão e o que deve ser feito para destroná-lo.

Inicialmente, Marlon estava escalado para encarar Petr Yan, enquanto Henry Cejudo, campeão da categoria na época, defenderia sua cinta diante de José Aldo. No entanto, com a pandemia do coronavírus, os shows foram cancelados e o brasileiro perdeu a chance de encarar o russo. O manauara ficou impossibilitado de entrar nos Estados Unidos e foi substituído por Dominick Cruz, que acabou superado pelo americano.

Logo em seguida, Cejudo anunciou sua aposentadoria e, com o cinturão vago, o UFC escalou Aldo e Petr Yan para duelarem pelo título dos galos, em julho deste ano, apesar de Marlon ser o número um do ranking e já ter derrotado o compatriota anteriormente. Caso vença neste sábado, ‘Magic’ ratifica o seu grande momento para buscar o ‘title shot’ contra o russo, que não deve permanecer no posto de campeão por muito tempo, na visão do brasileiro.

“A gente tem que provar as nossas qualidades ali dentro, lutando. Quero provar ali dentro que eu realmente sou um dos melhores e mereço uma nova oportunidade. A categoria é muito difícil, disputada. O top 10 só tem atleta muito duro, muito completo. Então acho que uma hora ele vai perder e muita gente ali pode ser o campeão. Para vencê-lo, basta encontrar os erros dele. Ele é um cara muito bom, muito completo mas também comete erros. Um erro desse ai, se um cara agarrar, eu acho que ele perde”, analisou o atleta.

Das 23 vitórias no cartel de Marlon, dez foram por nocaute, enquanto o seu adversário nunca foi derrotado desta forma. Na última apresentação de Cory, em junho deste ano, o americano foi finalizado de maneira rápida por Aljamain Sterling, no UFC 250. No entanto, o atleta de Nova Friburgo (RJ) revelou que não tem preferência pela luta agarrada como solução para fugir da maior envergadura do rival, que possui 1,80 m de altura, contra 1,68 m, pois se considera superior em qualquer área.

“O Cory é um cara completo, alto, que troca muito em pé. Tem uma movimentação em pé muito boa. O lance é pressioná-lo e fazer o meu melhor na trocação, e se vier uma oportunidade em pé ou no chão, acabar com essa luta. Eu acho que posso vencê-lo em qualquer área e eu me preparei para isso, para agarrar a oportunidade onde ela vier. Eu estou preparado tanto para uma luta dura de cinco rounds quanto para um nocaute ou uma finalização. Eu venho mais preparado do que nunca”, destacou Marlon.

O brasileiro foi diagnosticado com coronavírus em julho deste ano e, apesar de ter sentido os sintomas, teve uma boa recuperação e conseguiu se preparar para o duelo contra Cory. Sem se deixar frustrar por fazer apenas a sua primeira atuação na temporada de 2020, o atleta afirmou que pretende lutar com mais frequência no ano seguinte.

“Esse ano está um ano muito difícil para todo mundo, então só de estar tendo essa oportunidade de trabalhar, de lutar e fazer o que eu amo, já sou muito grato. Eu quero agarrar essa oportunidade. Eu quero fazer essa luta e tudo dando certo eu quero lutar no ano que vem uma, duas, três… quantas for”, completou o lutador.

No MMA profissional desde 2007, Marlon Moraes possui 23 vitórias, seis derrotas e um empate em sua carreira. O atleta de 32 anos chegou a ser campeão do WSOF antes de migrar para o UFC. No Ultimate desde 2017, o brasileiro soma cinco triunfos e dois reveses. A sua última apresentação foi em dezembro do ano passado, quando derrotou José Aldo, por decisão dos jurados, na edição 245 do show, em Las Vegas (EUA).

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