Siga-nos

Entrevistas

Claudio ‘Hannibal’ promete atuações impactantes para chamar atenção do UFC

Depois de perder uma invencibilidade que durava anos em sua última luta, Cláudio ‘Hannibal’ não faz mistério quanto aos seus planos futuros de carreira. Aos 38 anos e sem o benefício do ‘hype’ para alavancar rapidamente sua imagem dentro da organização, o meio-médio (77 kg) traçou uma estratégia simples e eficaz para alcançar seus objetivos: “arrancar cabeças e ganhar dinheiro”, até que seja impossível o UFC ignorá-lo.

E dentro de sua estratégia, ignorar o ranking de sua categoria é um conceito fundamental. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (veja acima ou clique aqui), ‘Hannibal’ fez duras críticas ao sistema de classificação de atletas utilizado pelo UFC, especialmente pela falta de um critério transparente para corroborar o processo.

O lutador brasileiro usou a si próprio como exemplo. Mesmo com cinco vitórias e apenas uma derrota em sua primeiras seis apresentações pelo Ultimate, o meio-médio não ocupa um lugar dentro do top 15 da categoria, que abriga atletas com números muito mais singelos do que os seus, como é o caso de Khamzat Chimaev, que conquistou apenas um de seus três triunfos na divisão até 77 kg do UFC.

“Eu não penso em ranking. Não estou pensando nisso. O que eu quero fazer é lutar, acabar com os caras e fazer grana. Essa parada de ranking, eu vejo muita gente que nunca emplacou cinco vitórias como eu emplaquei e está no ranking, porque é amigo de um campeão e o campeão fala dele, é primo de um campeão… Então essas coisas eu nem falo nada”, declarou ‘Hannibal’, antes de continuar.

“Eu vou subir lá e cortar a cabeça de todo mundo. E vai chegar uma hora que o UFC vai falar: ‘Cara, não tem ignorar esse cara’. Teve vários campeões que fizeram 12 lutas para ser campeão. Então, o ranking para mim é um detalhe. Eu quero ganhar, finalizar as pessoas, ganhar bônus da noite, fazer dinheiro”, concluiu.

Neste sábado (22), Cláudio ‘Hannibal’ encara Court McGee, pelo card preliminar do UFC Vegas 27, em Las Vegas (EUA). O brasileiro busca recuperação após sofrer sua primeira derrota em mais de uma década, ao ser superado por James Krause, na decisão unânime dos juízes, em outubro do ano passado. Já o americano luta por sua sobrevivência na companhia, já que vem de três reveses consecutivos.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

Mais em Entrevistas