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Entrevistas

Amanda Ribas destaca motivação extra em volta após ficar nove meses longe do UFC

Neste sábado (30), Amanda Ribas medirá forças com a também brasileira Virna Jandiroba, pelo card preliminar do UFC 267, sediado em Abu Dhabi (EAU). O confronto marca o retorno da peso-palha (52 kg) ao octógono após nove meses, maior período inativo da lutadora mineira desde sua estreia pelo Ultimate, em 2019. O inédito hiato de lutas na organização, causado também pelo cancelamento de última hora de um compromisso anterior, foi encarado pela faixa-preta como combustível para voltar ainda mais motivada.

Sem lutar desde janeiro deste ano, quando foi superada por Marina Rodriguez, Amanda tinha compromisso marcado para o dia 8 de maio, onde enfrentaria Angela Hill, mas um teste positivo de COVID-19 – sua segunda infecção pelo vírus – a obrigou a abandonar o combate restando poucas horas para o início do show. A recuperação total, desta vez, foi mais demorada – como a própria lutadora recordou em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (veja acima ou clique aqui) -, mas, passado o susto, serviu para que a peso-palha atingisse um estado anímico ainda mais elevado em relação à sua carreira.

“Foi uma doideira porque eu fiz todo o camp, fiz o corte de peso, pesei, fiz o cabelo, aqueci para lutar, e quando foi ver, deu que eu estava com Covid, e pela segunda vez. Nessa segunda vez veio forte, mas graças a Deus, eu e meu pai (Marcelo Ribas, também infectado pela Covid na época) nos recuperamos bem. Por isso que demorou um tempo para eu voltar, para ter essa recuperação completa. Porque é uma doença meio doida. Mas, graças a Deus, eu já vacinei, não estou sentindo nada”, relembrou Amanda, antes de apontar o lado positivo da ausência forçada dos octógonos.

“Eu já tinha vontade de lutar, vontade de ganhar, de mostrar o meu trabalho. Mas ter feito todo o camp e não ter lutado aumentou ainda mais essa minha vontade. Em tudo que eu estou fazendo, eu estou fazendo com vontade, com energia. Então, eu acho que essa luta eu vou com aquele olho, sabe, querendo lutar”, concluiu.

Após iniciar sua trajetória no UFC com quatro vitórias consecutivas, que a posicionaram como uma das principais apostas para o futuro da divisão dos palhas, Amanda Ribas sofreu sua primeira derrota na organização em janeiro deste ano, ao ser nocauteada pela compatriota Marina Rodriguez, em Abu Dhabi. Nove meses depois, no mesmo local, a mineira terá a oportunidade de se recuperar e retomar o caminho das vitórias neste sábado, diante da baiana Virna Jandiroba, em duelo que coloca frente a frente duas atletas do top 15 da divisão até 52 kg do Ultimate.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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