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Ngannou critica modelo de patrocínios do UFC e revela prejuízo milionário

A relação entre Francis Ngannou e UFC não é a das melhores. O campeão dos pesados tem travado uma batalha com a companhia por uma maior valorização financeira e também para poder lutar boxe. Ainda sem uma posição da empresa, o camaronês tratou de colocar mais lenha na fogueira e atacou a questão de patrocínios na liga.

Há cerca de sete anos, o Ultimate aderiu um patrocinador para os uniformes dos lutadores, anteriormente com a Reebok e desde 2021 com a Venum e, dessa maneira, os atletas não poderiam usar suas marcas privadas em suas roupas. Essa situação gerou uma enorme insatisfação dos competidores, que perderam dinheiro e ficaram à mercê somente do que o parceiro do UFC lhe fornecia de dinheiro e o montante era dividido em relação a diversos cenários, como número de lutas, o fato de ser campeão ou desafiante.

Com o status de ser o rei da maior divisão do UFC, Ngannou usou sua voz para criticar novamente esse molde usado pela companhia. Através de suas redes sociais (clique aqui, aqui ou aqui), o africano acusou a organização de explorar os lutadores e sugeriu que a liga desse alguma liberdade para os atletas poderem usar seus patrocínios nos seus uniformes.

“Os lutadores são roubados com patrocínio. É uma enorme fonte de receita para nós, mas a empresa continua explorando isso para seu próprio benefício. (…) Entendo que o esporte precisa ficar bem com uniformes, mas devemos pelo menos ter direito a um mínimo de dois patrocinadores aprovados no octógono”, disse.

Além disso, Ngannou revelou que sofreu uma grande perda financeira com essa restrição dada pelo UFC. De acordo com o campeão dos pesados, em 2021 ele perdeu um contrato de mais de R$ 5 milhões por não usar uma marca que é concorrente a de um parceiro do Ultimate.

“No ano passado, perdi um acordo de mais de um milhão de dólares em uma empresa de criptomoedas por causa da parceria com a CRYPTO.COM. O que eu ganhei com isso?”, completou.

Francis Ngannou estreou no UFC em 2015 e, pela maior liga de MMA do mundo, soma 12 triunfos, sendo dez por nocaute, e dois reveses. Em março de 2021, o camaronês chegou ao lugar mais alto do peso-pesado do Ultimate, quando nocauteou o então campeão Stipe Miocic. Além de superar o americano e agora Gane, seus triunfos mais marcantes da companhia, foram sobre Cain Velásquez, Junior ‘Cigano’ e Alistair Overeem.

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