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Louis Grasse/PxImages

UFC

Meio-pesado do UFC afirma que Alex ‘Poatan’ possui o soco mais forte que já levou

A meteórica ascensão de Alex ‘Poatan’ no UFC, que deve levá-lo à disputa pelo cinturão peso-médio (84 kg) contra Israel Adesanya depois de apenas três vitórias na organização, fez com que os olhos da comunidade das lutas se voltassem para o brasileiro de uma forma que o ex-bicampeão do ‘Glory’ não estava acostumado durante sua carreira de sucesso no kickboxing. O grande poder de nocaute do lutador paulista, especialmente, tem sido motivo de grande repercussão entre fãs, especialistas e, até mesmo, colegas de profissão.

Nada que surpreenda um dos meio-pesados (93 kg) em melhor fase atualmente no principal evento de MMA do mundo. Vítima do poder de nocaute acima da média de Alex ‘Poatan’ na época em que ambos competiam no kickboxing, o americano Dustin Jacoby – 14º colocado no ranking até 93 kg e invicto em suas últimas sete lutas no UFC – não teve dúvidas ao apontar o brasileiro como o oponente com a maior potência nos golpes que já teve a oportunidade de enfrentar nos esportes de combate.

“O número 1 (que bate mais forte), sem dúvida. Não tem nem comparação. Cara, eu tenho um ótimo queixo. Isso não é algo para sentir orgulho, mas se você vai lutar com pessoas para ganhar a vida, é melhor você trazer isso para a mesa. Se você tem um bom queixo, você tem uma boa chance de se manter na luta. E com ele, ele apenas toca nas pessoas diferente. Eu levei muitos socos de muitos caras que são bons. Da Un Jung me acertou com um golpe e foi uma mão direita limpa, mas eu absorvi como se não fosse nada e não me intimidou. Eu ainda não fui abalado aqui no UFC e eu lutei com muitos caras grandes. Desculpa, mas Pereira te acerta diferente, cara. Ele tem esse tipo de força”, afirmou Jacoby, em entrevista ao programa ‘The MMA Hour’.

Com a experiência de quem enfrentou Alex Pereira e foi nocauteado pelo já tradicional cruzado de esquerda do brasileiro no ringue do ‘Glory’, principal evento de kickboxing do planeta, Dustin Jacoby analisou o provável confronto entre ‘Poatan’ e Israel Adesanya, pelo cinturão dos médios do UFC, e alertou o nigeriano a tomar cuidado com a potência dos golpes do desafiante.

O conselho, por sinal, não chega a ser uma novidade para Adesanya. O nigeriano, campeão indiscutível do peso-médio do Ultimate, também já sofreu com a força de ‘Poatan’, tendo sido nocauteado pelo brasileiro no kickboxing, em uma das duas lutas disputadas entre eles, ambas vencidas pelo paulista.

“É um confronto interessante. Eu lutei com Pereira, foi a única vez que eu fui nocauteado. O cara nocauteia todo mundo com aquele cruzado de esquerda. Eu posso dizer em alto e bom som, porque vários caras foram vítimas dele. Ele é um cara perigoso. Izzy, eu sei que Pereira tem 2 a 0 contra ele, mas foi no kickboxing, e uma das lutas poderia ter ido para qualquer lado. E Izzy é diferente dentro do octógono do MMA. Ele tem boa defesa, luta de forma inteligente, tem um QI de luta alto. Sou um grande fã dos dois. Mas eu nunca apostaria contra Pereira. Aquele cara pode, literalmente, tocar em qualquer pessoa e nocauteá-la. Então, Izzy tem que ter cuidado”, aconselhou Jacoby.

Israel Adesanya e Alex ‘Poatan’ possuem uma rivalidade de longa data. Os dois atletas se enfrentaram duas vezes quando ainda atuavam no kickboxing, com dois triunfos do brasileiro, sendo o último por nocaute. Por isso, desde que o paulista chegou ao UFC, em 2021, já existia uma expectativa de ambos resolverem suas questões no octógono.

Adesanya é campeão do peso-médio do UFC desde 2019 e defendeu o título da categoria cinco vezes. Na divisão, o nigeriano segue invicto, já que seu único revés no MMA aconteceu nos meio-pesados (93 kg), em duelo contra Jan Blachowicz. Por sua vez, Alex ‘Poatan’ busca repetir no MMA os feitos e conquistas que obteve no kickboxing. Nas artes marciais mistas, o paulista participou de sete combates, levou a melhor em seis, sendo cinco por nocaute, e foi derrotado apenas uma vez, na sua estreia no esporte.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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