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Louis Grasse/PxImages

UFC

Gilbert Durinho alerta Conor McGregor sobre mudança de categoria no UFC

Ex-campeão peso-pena (66 kg) e peso-leve (70 kg) do UFC, Conor McGregor traça planos de tentar um novo título em uma classe de peso diferente. Enquanto ainda se recupera de uma grave lesão sofrida no ano passado, o irlandês flerta com um possível retorno já entre os meio-médios (77 kg), categoria atualmente dominada pelo nigeriano Kamaru Usman. Mas, na visão de um importante nome da divisão até 77 kg do Ultimate, o grande astro da companhia não teria o mesmo sucesso do passado nessa possível empreitada e encontraria dificuldades contra os principais atletas do peso.

Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, Gilbert Burns alertou o irlandês sobre os perigos que ele encontraria caso decida realmente subir definitivamente para os meio-médios. Para ‘Durinho’, McGregor teria dificuldade com a diferença de potência nos golpes entre os atletas da divisão até 77 kg e os lutadores das categorias menores, com os quais o ex-campeão do UFC está acostumado a lidar.

“Ele não é um meio-médio, mas se ele quiser lutar no meio-médio, eu adoraria dar uma surra no Conor. Eu acho que ele não vai aguentar o soco. Eu não estou nem falando do grappling porque não é justo. Eu o derrubaria e o espancaria, mas uma luta com Conor é uma situação vantajosa para mim. Eu o espancaria e ganharia muito dinheiro. Eu não estou nem pedindo por essa luta porque ela não é justa. Eu acho que ele é um 70 kg (peso-leve), se ele estiver no 77 (kg), ele não aguentaria aqueles socos”, afirmou ‘Durinho’.

Outro fator que, na visão do brasileiro, pesaria contra o sucesso de McGregor entre os meio-médios é o alto nível dos lutadores que compõem o top 5 da categoria, os quais, além do alto poder de nocaute, também ofereceriam perigo ao irlandês no grappling, uma de suas deficiências. Vale lembrar que as únicas experiências do principal astro do UFC na divisão até 77 kg foram contra adversários que também construíram boa parte de suas carreiras em classes de peso mais baixas, no caso o peso-leve (Nate Diaz e Donald Cerrone).

“Ele não consegue lidar com o wrestling. Se você estiver falando do top 5 do mundo (no meio-médio), todo mundo bate forte, com exceção do Colby (Covington), mas todo mundo tem wrestling. Colby tem wrestling. Colby e Conor não é divertido porque Colby simplesmente o ganharia no wrestling. Kamaru (Usman), ele bate forte e faz wrestling. Khamzat (Chimaev) bate forte e faz wrestling. Leon Edwards bate muito forte, tem um bom striking e faz wresteling. Eu bate forte e posso usar o wrestling, então não diga que você é um meio-médio. Você não aguenta com o top 5 dessa divisão. Você pode lutar com um par de caras no 77, mas não é um meio-médio. Se ele realmente pensa que é, tente lutar com algum top 5 da divisão. Eu acho que não é justo. Nós destruiríamos Conor”, decretou o brasileiro.

Atual número quatro no ranking dos meio-médios do UFC, Gilbert ‘Durinho’ fala com conhecimento de causa sobre o assunto, já que construiu grande parte de sua carreira competindo entre os pesos-leves. Desde 2019, entretanto, o faixa-preta se estabeleceu na divisão até 77 kg e encontrou sua melhor versão dentro do octógono, chegando a disputar o cinturão contra o campeão Kamaru Usman, em fevereiro do ano passado, e se consolidando como um dos principais nomes da categoria.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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