Na última terça-feira (16), o Ultimate anunciou o confronto entre Paulo ‘Borrachinha’ e Ikram Aliskerov, que possui apenas uma luta pela organização, para o card do UFC 291, programado para acontecer no dia 29 de julho, em Salt Lake City (EUA). O casamento do duelo, mesmo com discrepância na experiência dos pesos-médios (84 kg) na liga, chamou a atenção de boa parte da comunidade das lutas, mas foi explicado por Dana White.
Questionado sobre a surpreendente decisão tomada pela entidade, o presidente do UFC rebateu as críticas e minimizou o fato de Borrachinha, membro do top 5 no ranking dos médios, ter sido escalado para enfrentar um novato no evento. Vale lembrar que, antes do anúncio da luta contra Aliskerov, o lutador mineiro vinha sendo especulado em possíveis duelos contra Sean Strickland e Khamzat Chimaev, atletas já consolidados no Ultimate.
“Costa não luta há muito tempo, Strickland tem lutado muito. Nós gostamos de trazer caras e ver onde eles estão. O cara que Paulo Costa vai lutar é duro para caramba. Você não sabe o quão bom alguns caras são até colocá-los lá dentro contra o top 15. Quando nós estamos na sala de matchmaking pensamos que alguns caras estão prontos para esse passo e alguns outros nós não sabemos – nós desafiamos as pessoas. O nº 8 (do ranking) nem sempre enfrenta o nº 6 ou 5. Não é assim que funciona”, justificou Dana White na coletiva de imprensa pós-UFC Vegas 73, sábado (20).
Currículo do rival de Borrachinha
Apesar da pouca experiência no octógono mais famoso do mundo, onde estreou com uma vitória por nocaute sobre Phil Hawes em maio deste ano, Ikram Aliskerov possui um currículo de respeito. Antes de migrar para o MMA em definitivo, o atleta do Daguestão foi multicampeão no sambô, arte marcial de origem russa.
Já no MMA, Aliskerov possui 14 vitórias em 15 combates como profissional, e sua única derrota veio pelas mãos de Khamzat Chimaev, em 2019, no evento Brave FC. Por sua vez, Paulo Borrachinha possui uma luta a mais no cartel, que conta com os mesmos 14 triunfos e dois reveses – um para Israel Adesanya, em disputa pelo título peso-médio do UFC e outra para Marvin Vettori, também no octógono mais famoso do mundo, onde compete desde 2017 e fez metade de seus confrontos como profissional.