Chris Weidman tem um combate marcado para maio – Leandro Bernardes/PXImages
Com uma luta programada para o dia 2 de maio, ainda sem um local definido, Chris Weidman vive uma indefinição sobre qual será seu futuro próximo no Ultimate. Devido à pandemia de coronavírus, a organização adiou alguns eventos e não especificou quando eles vão se realizar. Em um desses shows, o ex-campeão do peso-médio (84 kg) enfrentaria Jack Hermansson, na luta principal. Porém, o sueco não pode sair do seu país, por medidas de prevenção da propagação da doença e mudou o cenário.
Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, o ‘All American’ analisou a situação delicada pela qual o mundo vive pelo COVID-19. O lutador ainda está em Nova York (EUA), uma das áreas mais afetadas pelo vírus, e, por isso, vive um dilema. Apesar de ciente dos perigos da doença, o atleta destacou que cogita se manter no evento e lutar.
“Uma parte de mim é como eu não faço isso? É estúpido fazer isso? Uma outra parte adora isso. Quando suas costas estão contra a parede, é caótico e a maioria das pessoas não faria isso. Tudo está funcionando contra você, tanto quanto treinamento e tudo mais. A outra parte de mim é como as pessoas com quem converso por aqui acham uma loucura estar lutando”, afirmou Weidman, antes de ressaltar que mesmo com seu desejo de atuar, não sabe ainda como vai acontecer, já que não tem um rival definido com a saída de Hermansson.
“Não tenho ideia do que vai acontecer. Estou trabalhando para diminuir meu peso, mas meu corpo está ótimo. Porque eu não estou fazendo esse desgaste físico no meu corpo todos os dias. Estou na bicicleta, correndo e batendo nos sacos. Uma parte se pergunta como me sentiria na luta. Eu conheço alguém em particular em nossa equipe que entrou em uma luta sem treinamento – ele apenas fez fisioterapia – e teve a melhor luta de sua vida. Talvez este seja o futuro do esporte. Estou cada vez mais perto da luta e eu não tenho um oponente. Então eu não sei o que vai acontecer”, completou.
Com a maioria dos estados americanos em quarentena, Weidman foi obrigado a manter seus treinamentos em casa e isolado dos seus treinadores. Por conta disso, o americano deixou claro que sua próxima apresentação não será se retorno ao peso-médio, como havia prometido. Por não conseguir realizar o corte de peso adequado, o atleta adiantou que, caso venha realmente a lutar, será mais um compromisso na divisão dos meio-pesados (93 kg).
“Estou treinando no meu porão – meu porão frio e inacabado – todos os dias. Se for um bom dia de folga, vou dar um passeio de bicicleta, volto e levanto pesos, ou subo na esteira. Esse tem sido praticamente o meu objetivo. Estou em quarentena há quatro semanas (e) estive em minha casa. Trabalhar onde achamos adequado, sem jiu-jitsu, luta livre. Sem parceiros. Sem treinadores. Sem luvas. Sozinho”, finalizou o ex-campeão do Ultimate.