No UFC 244, Stephen tenta se recuperar dos reveses sofridos para Pettis e Till – Jason Silva
No mundo dos esportes, uma carreira pode mudar completamente de panorama em um curto período de tempo. E no MMA não é diferente. Um bom exemplo disso é Stephen Thompson. Ex-desafiante e sensação dos meio-médios (77 kg) há dois anos, o americano busca dar a volta por cima após os recentes resultados negativos. E a inspiração para driblar a má fase e voltar ao topo está também entrará em ação neste sábado, no UFC 244: Jorge Masvidal.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, ‘Wonderboy’ revelou que pretende se espelhar no exemplo de Masvidal para voltar a sonhar pelo cinturão. ‘Gamebred’, inclusive, foi a última vítima de Thompson, em novembro de 2017. Desde então, Jorge se recuperou da derrota sofrida e voltou à coluna das vitórias, ao emendar dois triunfos contundentes seguidos e ganhar os holofotes do mundo. É exatamente essa trajetória que o carateca pretende repetir dentro da companhia.
“Essas coisas acontecem, é curioso como o quão rapidamente você está no topo e, de repente, perde e está lá embaixo. Tudo que posso fazer agora é me manter positivo, continuar trabalhando duro para voltar ao topo. Acho que com duas boas vitórias. Depois que eu derrotei o Jorge Masvidal no UFC 217, ele venceu duas seguidas e agora está liderando um evento imenso no Madison Square Garden. E eu posso fazer o mesmo, nesse período e estar nessa posição no ano que vem. Acertou, esse é o plano (lutar pelo cinturão ano que vem)”, projetou Thompson.
Mas para voltar ao pelotão de elite dos meio-médios, Stephen tem de pensar primeiramente em Vicente Luque, seu adversário deste sábado. O brasileiro chega para o confronto na melhor fase de sua vida, embalado por seis triunfos seguidos no Ultimate. Mas apesar de reconhecer as credenciais de seu rival, Thompson se enxerga com vantagem dentro do octógono no duelo direto.
“Sim, ele é um cara trocador e gosto de enfrentar esses caras, amo ficar de pé no octógono. Ele é muito bom e muito duro ao mesmo tempo. Então sei que vou levar alguns danos também que ficarão no meu rosto. Estou pronto para uma verdadeira guerra de três rounds”, previu o americano, antes de comparar suas habilidades com as de Vicente.
“Ele é muito habilidoso, até por isso está em uma sequência de seis vitórias seguidas. Mas acredito que sou mais rápido, e também tenho mais precisão do que ele. Ele é duro e joga muitos chutes nas pernas, mas se eu mantiver a distância posso entrar e sair e, quem sabe, derrubá-lo também. É um ótimo casamento (de luta) para ambos, mas eu me sobressaio, com certeza. Possivelmente sim (distância pode ser crucial). Sou bom em qualquer área que a luta for, se for na curta distância, se for contra a grade, no chão, me vejo como um lutador melhor, de forma geral”, completou o carateca de 36 anos, em conversa com a Ag Fight, direto de Nova York (EUA).