Ao longo de sua carreira no MMA, Georges St-Pierre se tornou conhecido pelo seu alto nível no octógono e Q.I. de luta elevado. Não à toa, o canadense se tornou campeão dos meio-médios (77 kg) e do peso-médio (84 kg) do UFC, e se aposentou sendo apontado por parte dos fãs como um dos melhores lutadores da história do esporte. Ciente do que representou para a modalidade, ‘GSP’ analisou sua trajetória e fez revelações.
Em um texto publicado na ‘Wealthsimple Magazine’, ‘GSP’ relatou como era negociar o contrato de suas lutas com o UFC. Sabendo que o assunto gera curiosidade tanto nos lutadores, quanto nos amantes do esporte, a lenda do MMA detalhou uma passagem marcante de sua carreira.
O canadense explicou que sempre soube o que representou para a modalidade e indicou que os profissionais deveriam utilizar seus status para negociar melhores contratos com o UFC. Sincero, ‘GSP’ abriu o jogo e informou que chegou a receber 10 milhões de dólares (cerca de R$ 51 milhões) da organização em sua luta de despedida do MMA, realizada em 2017.
“Não existe união no jogo da luta. Para nós, do MMA, as negociações podem ser como um jogo de xadrez. Outras organizações queriam me ter como garoto propaganda e o UFC sabia disso. Como um blefe no pôquer, dissemos que não queríamos assinar novamente antes da luta e sim terminar o contrato. Corremos um grande risco, porque é como um mercado de ações. Seu estoque pode subir se você tiver sucesso, mas também pode cair se você perder. Apostei muito em mim e disse ao UFC que não voltaria a assinar com eles. Um dia antes da minha luta com Fitch, o UFC voltou com um grande contrato, porque eles não queriam que eu me tornasse um agente livre”, declarou ‘GSP’, antes de completar.
“Você leu que ganhei 400 mil dólares por luta? Não. Ganhei muito mais. Quando estava no auge da minha carreira, ganhava muitos milhões de dólares. Você não só consegue o dinheiro por lutar e vencer, mas também tem uma porcentagem das compras no PPV, que é onde está o dinheiro real, mas você precisa ter o poder de negociar esses termos. Eu sabia que minha carreira seria muito curta para gastar meu dinheiro com luxo. Para a luta com Bisping, com o PPV, patrocínio e tudo mais, ganhei cerca de 10 milhões de dólares. Tive sorte e o privilégio de terminar por cima. Muitos lutadores acabam quebrados. Eles lutam por muito tempo, sofrem danos cerebrais e vão à falência. Estou saudável e rico. É raro se aposentar assim”, concluiu.
Para parte dos fãs, Georges St-Pierre, de 40 anos, é o melhor lutador da história do MMA, já que é dono de uma das carreiras de maior sucesso no esporte. Em sua trajetória, o canadense disputou 28 lutas, venceu 26, perdeu duas e conquistou o cinturão dos meio-médios do UFC e também do peso-médio. A última aparição de ‘GSP’ no octógono aconteceu em 2017, quando finalizou Michael Bisping.