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Poliana Botelho relata perda financeira após cancelamento de luta no UFC 241

Poliana Botelho não luta no octógono desde abril deste ano – Leandro Bernardes

Apesar de ter sua luta contra Maryna Moroz cancelada, por conta de uma lesão da adversária, Poliana Botelho aproveitou a passagem já comprada para acompanhar o UFC 241 de perto em Anaheim (EUA). Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, a mineira comentou sobre a decepção por não poder se apresentar no octógono no próximo sábado (17), além de explicar as perdas enfrentadas pelos atletas em casos como este.

Inicialmente escalada para encarar a ucraniana Maryna Moroz no UFC 241, a brasileira viu uma lesão da oponente forçar o seu afastamento quando faltavam poucas semanas para o combate. Apesar da tentativa da organização em achar uma nova adversária, Poliana acabou ficando fora do card do evento. De acordo com a lutadora, além da frustração por não poder se apresentar após um bom período de treinamentos, há uma perda financeira que muitos fãs do esporte não se dão conta.

“Eu estava em um camp de nível altíssimo. Acredito que eu tenha evoluído demais nesse período de treinos. Estava muito forte e confiante. A gente sabe que pode ter uma luta cancelada, pode acontecer com qualquer lutador, mas eu fiquei muito chateada. Nós gastamos muito dinheiro. Temos que pagar os professores, alimentação, suplementação. E quando o combate é cancelado, esse dinheiro não é reposto porque não recebemos nada. É muito frustrante”, explicou.

Mais confortável no peso-mosca (57 kg) após ter sofrido para ficar dentro do limite da divisão na época em que competia no peso-palha (52 kg), Poliana ressaltou que achou a categoria ideal para o prosseguimento de sua carreira. Além do menor desgaste nos dias que antecedem suas lutas, a mineira contou que o período de treinamentos também passou por uma melhora graças à mudança.

“Eu sou muito grande para o peso-palha. Sentia muito para perder o peso, o desgaste era muito grande. Bater os 57 quilos é o ideal para mim. Eu me sinto muito mais forte nos treinamentos e na luta agora. Não passo mais tanta fome durante a preparação. Antigamente eu não tinha nem forças para treinar bem. Passei mal algumas vezes. Até a minha vida social eu consigo manter melhor hoje em dia”, contou.

Visando aumentar sua sequência positiva na organização, a lutadora espera voltar ao octógono do Ultimate o mais rápido possível. De acordo com ela, seu representante já manifestou junto aos dirigentes da entidade seu desejo de competir no evento marcado para o dia 16 de novembro, em São Paulo. Seu último confronto ocorreu em abril deste ano e terminou com um triunfo sobre Lauren Mueller por decisão unânime dos juízes.

Confira a entrevista completa a segui (ou clique aqui):

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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