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Divulgação/UFC

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Paulo Borrachinha admite que não deveria ter enfrentado Adesanya no UFC 253

Em setembro de 2020, no UFC 253, Paulo ‘Borrachinha’ teve a chance de destronar Israel Adesanya na divisão dos pesos-médios (84 kg). No entanto, a derrota contundente para o campeão nigeriano não só acabou com sua invencibilidade no MMA, como também abalou sua relação com os fãs da modalidade. Dois anos depois do fatídico combate, realizado nos Emirados Árabes, o lutador brasileiro admitiu que não deveria ter enfrentado ‘The Last StyleBender’ nas condições em que se encontrava e celebrou a recente ‘reviravolta’ positiva junto à sua legião de torcedores.

Durante participação no programa ‘The MMA Hour’, realizado nesta segunda-feira (12), Paulo relembrou o drama que vivenciou na noite anterior à luta pelo cinturão e ressaltou que o mais sensato a se fazer naquela ocasião era não competir.  Na opinião do brasileiro, o descontentamento dos fãs na época foi amplificado por conta da expectativa gerada sobre ele nos octógonos. Agora, vindo de vitória, e ‘de bem com a galera’, o mineiro projeta voos altos na organização.

“Também vejo dessa forma (ódio antes e amor agora por parte dos fãs). As pessoas tinham muita expectativa sobre mim quando lutei com o Israel, e eu entendo isso. Estava no hype, invicto. Preciso dizer para todos que ficaram furiosos comigo na época que também fiquei irritado comigo mesmo, porque perdi uma grande oportunidade, que era lutar com o magrelo. Tive uma péssima noite antes da luta e não deveria ter lutado naquele dia porque não tinha condições. Não dormi, tive câimbras em todo o corpo, principalmente nas pernas. Não deveria ter lutado, mas sou um cara persistente e pensei: ‘Posso lidar com essa cara’. Mas não foi uma boa ideia lutar contra um campeão naquele dia. Meus reflexos não estavam bons, tomei uma garrafa de vinho para tentar dormir na noite anterior à luta (risos). Foi uma noite maluca”, relembrou, antes de falar sobre o futuro.

“Mas pessoal, esqueçam isso. Estou de volta. Não cometerei os mesmos erros do passado. Sou um monstro selvagem, amo treinar, sinto muita energia quando vou lutar. Vai ser muito difícil para o Adesanya ou qualquer um me derrotar naquele octógono. Também tive problemas de peso contra o Vettori, estava gordo para c***. Mas no shape, com um bom camp, sinto que sou imparável”, completou Paulo.

Nos últimos meses, Borrachinha tem aumentado sua legião de fãs, inclusive americanos, que se divertem com seus posts irreverentes e memes compartilhados nas redes sociais. Na opinião do peso-médio, a fórmula de sucesso com a comunidade do MMA é simplesmente ser autêntico.

“Estou apenas fazendo o que acho que devo fazer, estou sendo eu mesmo, autêntico. Estou me mostrando para as pessoas, sem filtro. Sou um cara engraçado, inteligente e sou o lutador do povo. Se o povo me ama, sou muito grato. Porque amo fazer isso. Então eles me amam porque eu amo eles também”, concluiu o brasileiro.

Aos 31 anos, Paulo soma 14 vitórias e duas derrotas em seu cartel como profissional de MMA. Atual número 6 do ranking da divisão até 84 kg do Ultimate, o atleta mineiro conta somente com mais uma luta prevista em seu atual contrato com a companhia.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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