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Diego Ribas/PxImages

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José Aldo se intitula o maior lutador brasileiro de MMA da história

Ex-campeão peso-pena (66 kg) do WEC e do UFC, José Aldo praticamente reinou soberano na divisão até 66 kg no mundo entre 2009 e 2016, o que fez com que o manauara, até hoje, fosse considerado por boa parte da comunidade das lutas como o ‘GOAT’ (maior de todos os tempos) da categoria. Com esse currículo, sua entrada na frequente discussão sobre os maiores lutadores brasileiros de todos os tempos também foi garantida. Mas, na visão do próprio atleta da ‘Nova União’, o questionamento, no entanto, possui uma resposta fácil.

Em entrevista ao programa de entrevistas ‘Cara a Tapa’, no ‘Youtube’, Aldo deixou a modéstia de lado e afirmou com todas as letras que o título de maior lutador de MMA de todos os tempos cabe a ele. Para justificar seu posicionamento, o ‘Campeão do Povo’ citou, não só seus títulos no peso-pena, como a parte mais recente de sua carreira, na qual se reinventou ao descer para a divisão dos galos (61 kg) e brigar de igual para igual com os principais nomes da categoria, chegando, inclusive, a disputar o título até 61 kg do Ultimate.

“Fácil, eu”, respondeu Aldo ao ser perguntado quem seria o maior brasileiro da história do MMA. “Não é treta, é fácil. Ganho o título duas vezes, baixei de categoria, poderia muito bem dar uma estendida para lutar pelo título de novo. Respeito a história de todo mundo, mas eu sou o melhor. E fiz por onde. Trabalhei para caraca. Para mim, sou eu mesmo. Peguei um desafio novo, baixei de categoria, fui enfileirando todo mundo, fiz pelo título, perdi, recuperei de novo, estava indo bem até dar uma tropeçada agora de novo. Eu sou o maior (brasileiro) da história”, cravou Aldo.

Se no âmbito nacional, Aldo parece convicto de sua posição como o maior da história, quando se fala no ‘GOAT’ do MMA em todos os tempos, incluindo os atletas estrangeiros, o manauara admite que a concorrência aumenta. Para o veterano, os ex-campeões do UFC Demetrious Johnson e Georges St-Pierre, que reinaram no peso-mosca (57 kg) e no peso-meio-médio (77 kg) durante longos anos, também merecem entrar na discussão.

Assim como Fedor Emelianenko, ex-campeão peso-pesado do Pride e um dos maiores astros do MMA mundial na primeira década dos anos 2000. O russo, inclusive, é apontado por Aldo como uma de suas referências no esporte, além de servir como inspiração por conta da longa invencibilidade que ostentou durante seu auge na modalidade.

“De conquistas, assim, (tem o) Demetrious Johnson, que é um peso (mais) leve que ninguém fala mesmo, porque o bicho é pequenininho. Mas o Georges (St-Pierre) também foi um grande. Mas para mim, peso-pesado, Fedor (Emelianenko). Para mim, é um dos ícones. Quando o cara ficou dez anos (invicto), eu falei: ‘Caraca, eu quero bater o recorde desse cara’. E esse cara que eu me inspirava era o Fedor”, afirmou o ‘Campeão do Povo’.

José Aldo foi campeão peso-pena do WEC e defendeu seu título em duas oportunidades, antes que o evento fosse comprado e extinto pelo UFC. Na casa nova, o manauara já chegou com o cinturão até 66 kg e o defendeu com sucesso em sete oportunidades, até ser nocauteado pelo então jovem aspirante a estrela Conor McGregor. Após a perda, o lutador da ‘Nova União’ ainda voltaria a conquistar a cinta da categoria mais uma vez.

Recentemente, Aldo decidiu partir rumo a um novo desafio e desceu para a divisão dos galos. Na nova categoria, o manauara disputou o título contra Petr Yan, em julho de 2020, mas foi derrotado pelo russo. Depois, engatou uma sequência de três vitórias e voltou a sonhar com o ‘title shot’, mas, em sua última batalha, foi superado por Merab Dvalishvili, o que o afastou de uma possível nova disputa pelo cinturão da categoria.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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