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José Aldo promete conquistar novo título e se coloca no top 3 da história do UFC

Ex-campeão dos penas, José Aldo disputa o título dos galos no UFC 251 – Carlos Antunes

Considerado por muitos anos como o melhor peso-pena (66 kg) da história e um dos principais lutadores do mundo independentemente da categoria, José Aldo tem vivenciado uma situação completamente diferente nos últimos tempos. O ‘Campeão do Povo’ – que enfrenta Petr Yan no próximo sábado (11), pelo cinturão vago do peso-galo (61 kg), no UFC 251 – entra como azarão na disputa contra a jovem promessa russa.

Apesar de confirmar que sente que as pessoas têm subestimado suas capacidades, Aldo ponderou que, dado o contexto atual, é compreensível que seu adversário seja considerado o favorito para o duelo, especialmente em razão de ser apenas sua segunda apresentação desde que desceu de categoria e do seu histórico de glórias ter sido construído nos penas. Mesmo assim, o manauara – em conversa com a imprensa durante o media day virtual do UFC 251 – prometeu virar o jogo no sábado, dentro do octógono montado na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU).

“Pela situação nesse exato momento, eu acho que não (é uma surpresa ser apontado como o azarão). Ele é um cara novo, está subindo na categoria, mesmo com a minha história, mas o meu domínio foi no peso de cima. As pessoas se questionam sobre o meu corte de peso, como eu vou me portar, é compreensível. Mas tudo isso vai mudar a partir de sábado”, prometeu Aldo, antes de admitir que se sente subestimado.

“Eu acho que sim (estão me subestimando). Por causa da minha última luta. Mas eu acho que eles vão mudar de pensamento depois do sábado”, declarou.

Outra mudança recente sentida pelo atleta da ‘Nova União’ se deu no debate sobre o melhor peso-pena da história, título simbólico ostentado por ele durante muito tempo, devido a sua soberania na categoria até 66 kg. Após duas derrotas para Max Holloway em 2017, que encerraram de vez o reinado do brasileiro na divisão, o havaiano ganhou adeptos na ‘competição’ e passou a ter seu nome citado a frente de Aldo em diversas listas.

Ciente do peso do confronto direto contra o concorrente, Aldo demonstrou confiança de que no futuro não haverá dúvidas de que ele é o maior de todos os tempos na divisão dos penas. Já no debate sobre os melhores lutadores de todos os tempos, o manauara se posicionou entre os três ou quatro primeiros, com a companhia de Georges St-Pierre, Anderson Silva e Jon Jones.

“Debate é momento. Mas se for colocar mesmo, até hoje não tem ninguém que possa ser melhor do que eu (na história do peso-pena). Pelo fato dele ter me vencido, acho que todo mundo pode até falar isso, mas amanhã eu tenho certeza que todos vão falar que eu sempre fui o melhor de todos os tempos no peso-pena”, explicou o ‘Campeão do Povo’, antes de comentar sobre a lista dos melhores de todos os tempos, independentemente da categoria.

“Eu acho que eu me coloco entre os três melhores de todos os tempos. Em primeiro eu coloco o Georges St-Pierre por como ele dominou sua divisão, e em segundo eu diria ou o Anderson Silva ou Jon Jones, e eu me coloco na sequência”, finalizou.

Com o cinturão vago dos galos em jogo, José Aldo encara Petr Yan no próximo sábado, no card principal do UFC 251, em evento que marcará a inauguração da ‘Ilha da Luta’, localizada em Abu Dhabi. O brasileiro soma 28 vitórias e seis derrotas em seu cartel, enquanto o russo acumula 14 triunfos e apenas um revés na carreira.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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