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Gadelha exalta boa relação com treinadores em Nova Jersey: “Era o que faltava na minha carreira”

Diego Ribas

Após enfrentar um período em que alternou vitórias e derrotas, Cláudia Gadelha decidiu mudar os rumos de sua carreira e passou a fazer sua preparação para as lutas sob o comando de Mark Henry e Ricardo ‘Cachorrão’ Almeida, em Nova Jersey (EUA). Agora, um ano depois da mudança e prestes a encarar Angela Hill no UFC Jacksonville, neste sábado (16), a peso-palha (52 kg) afirma que o carinho recebido pelos treinadores, além da nova filosofia de treinos, será fundamental na sua trajetória em busca de uma nova chance de disputar o cinturão da categoria.

Há alguns anos residindo nos Estados Unidos, Cláudia admite que a saudade do Brasil, e especialmente das pessoas que deixou para trás, ainda a incomodam. Em conversa com a imprensa durante o media day virtual, no entanto, a lutadora potiguar exaltou o ambiente familiar de seu camp de treinamentos em Nova Jersey, fato que, segundo ela, ajuda a se concentrar na carreira e deixar de lado a falta provocada pela distância dos familiares e amigos.

“Meu telefone acabou de me mostrar hoje que há um ano eu estava dirigindo de Las Vegas para Nova Jersey. Eu tive muitas transições grandes na minha vida e cruzar o país dirigindo para treinar com Mark Henry e Ricardo tem tido um grande impacto na minha carreira. Há um ano que eu trabalho em muitas coisas novas, incorporando novas ferramentas no meu jogo, mudando a mentalidade, mudando toda uma filosofia de treinos. E tem sido incrível, eu amo Mark Henry, eu amo Ricardo. Sinto que eles me tratam como uma filha. Eles me amam muito lá, e eu sinto que era isso que faltava na minha carreira”, contou Gadelha, antes de completar.

“Eu deixei o Brasil há alguns anos para vir para a América, a fim de encontrar bons treinamentos, mas minha família está lá (no Brasil), meus amigos estão lá, e eu sinto muita falta de todo mundo. A única razão pela qual eu estou aqui é pelo meu crescimento, para me tornar uma atleta melhor, uma lutadora melhor, porque é isso que me torna uma pessoa melhor. Eu sinto muita falta de casa. Então, ter Ricardo e Henry, e Frankie Edgar, e todo mundo que eu tenho na minha família de Nova Jersey, me ajuda muito aqui na América”, destacou a peso-palha.

A saudade sentida pela lutadora se mistura atualmente com a preocupação pela saúde e segurança de seus pais em razão da pandemia do novo coronavírus. À distância, ‘Claudinha’ monitora a situação de ambos, já idosos e, portanto, do grupo de risco. Ciente da seriedade da doença, especialmente com a precariedade dos serviços públicos de saúde na região nordeste, onde seus pais vivem, a atleta potiguar admitiu que todos estão assustados com o momento, mas ressaltou que ambos se mantém saudáveis.

“Meus pais estão nos seus 70 (anos), eles estão de quarentena. Eles estão assustados com o que está acontecendo, especialmente onde eles estão no momento, no nordeste do Brasil. É muito perigoso no momento. Então, eles estão lá e, é duro, são tempos difíceis, mas pelo menos eles estão saudáveis o suficiente”, concluiu.

No UFC desde 2014, Cláudia Gadelha possui uma sólida trajetória na organização, incluindo uma disputa pelo cinturão peso-palha na qual foi derrotada por Joanna Jedrzejczyk na decisão unânime dos juízes. Em suas últimas cinco lutas, a potiguar soma três triunfos e dois reveses.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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