No último sábado, o brasileiro conquistou sua oitava vitória seguida no UFC – Carlos Antunes
Às vésperas do UFC Brasília, Kevin Lee disparava nas casas de apostas como o favorito para o combate contra Charles ‘Do Bronx’. Inclusive, o americano havia prometido calar a torcida brasileira, reforçando a ideia de que a luta já estaria ganha. Realmente, não se ouviu o público, mas não da maneira que ele esperava. Os pesos-leves (70 kg) se enfrentaram no primeiro evento da organização sem a entrada da plateia, devido à restrição de aglomerações para prevenir a dispersão da pandemia global do coronavírus. No último sábado (14), diferentemente do que se especulava, o paulista reforçou o seu título de maior finalizador da história do Ultimate ao estrangular o adversário no primeiro minuto do terceiro round.
Quatro dias após o último triunfo, o brasileiro declarou que havia conseguido impor a estratégia que tinha planejado e feito o que gosta, “jiu-jitsu e guilhotina”, em vídeo enviado com exclusividade à reportagem da Ag. Fight. Com a derrota do americano, Charles, aos 30 anos, conquistou sua 14ª finalização no UFC, entre suas 17 vitórias.
“Fiquei muito feliz com tudo que aconteceu. Entrei como azarão, as pessoas diziam que eu não poderia vencer o Lee. Isso só me serviu como combustível para que eu pudesse chegar lá e fazer uma grande luta”, ressaltou Charles. “Dei um frontal no local certo. Foi isso que fez o Lee entrar nas minhas pernas e acabou tomando a guilhotina. Então, foi 100% aquilo que a gente fez”, completou o atleta ao explicar o seu possível “chute displicente” logo antes da finalização.
“Lutar no ginásio sem público foi um bagulho diferente. Queria demais que a torcida estivesse ali, principalmente porque ele (Lee) falou que ia calar a boca da torcida. Imagina como seria. Seria 100%, seria bom demais a torcida estar ali para a gente comemorar todo mundo junto, mas eu sei que estava todo mundo em casa torcendo, vibrando, rezando por mim”, destacou o lutador.
Após mais essa vitória no seu 11° ano no UFC, Charles está em oitavo lugar no ranking dos leves da organização. Nessa categoria, o campeão atual é Khabib Nurmagomedov, cujo posto o brasileiro almeja conquistar em breve.
“Prefiro que seja um cara que esteja vindo de vitória e que esteja bem mais ranqueado do que eu para que a gente possa fazer um grande show”, revelou. “Espero que isso aconteça o quanto antes para que a gente possa fazer mais duas lutas. Uma luta normal e a próxima, em que a gente seja o próximo desafiante ao cinturão”.
No entanto, a previsão para os próximos combates ficou um pouco abalada devido ao COVID-19. Três eventos do UFC já foram cancelados, os dos dias 21, 28 de março e 11 de abril, mas ainda não se sabe se a pandemia afetará mais datas e, consequentemente, os próximos passos do brasileiro.
Confira o recado do brasileiro abaixo (ou clique aqui):