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De Londres, atleta do UFC relata cenário apocalíptico na cidade devido à pandemia

Claudio ‘Hannibal’ tem treinado em parques para se manter ativo – Arquivo pessoal

A pandemia de coronavírus tem deixado o mundo de alerta, com milhares de casos e de mortes espalhadas pelo planeta. Uma dos locais que tem sido bastante afetado pela doença é o Reino Unido, que até o momento já tem mais de 126 mil casos e cerca de 16 mil mortes. Com residência em Londres, capital da Inglaterra, há 12 anos, o lutador Claudio ‘Hannibal’ deu uma visão geral de como está a cidade e adiantou que o clima é apocalíptico.

Com uma população estimada em quase 9 milhões de pessoas, Londres é um dos destinos turísticos mais procurados do mundo e tem em suas ruas uma grande movimentação. No entanto, devido à pandemia, o cenário é diferente. Com o comércio e e grandes atrações fechadas, a cidade que é conhecida pelo grande fluxo de pessoas, agora parece um filme de terror. Pelo menos foi esse o relato de ‘Hannibal’, que ainda revelou, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, que teve conhecidos que já faleceram em decorrência do COVID-19.

“Um amigo meu teve dois primos que faleceram na mesma semana. Um médico amigo meu também perdeu o irmão. No início eu duvidava desse vírus, mas realmente é perigoso. É triste ver a cidade desse jeito. Sou apaixonado por Londres e ver ela assim vazia, parecendo uma cidade fantasma é apocalíptico, parece filme de zumbi. Não tem ninguém na rua. Só podemos sair uma hora para ir ao supermercado, farmácia. Está todo mundo com medo. Se tiver alguma aglomeração a polícia já manda ir para casa”, disse o lutador, que contou como tem feito para manter seus treinamentos com as academias fechadas.

“Estou focando no boxe, kickboxing, mas faço levantamento olímpico, agachamento também, muita barra paralela. Em frente a minha casa tem um parque e fico lá. Às vezes vou para a casa de um amigo meu amigo russo, que tem um espaço bom também. É engraçado que o pessoal das casas fica me vendo treinar, gostam de assistir. Depois disso espero que todos deem mais valor a certas coisas, como andar na rua, a vida, as pessoas. Isso está mudando a cabeça de muita gente”, completou o peso-meio-médio (77 kg).

Sem lutar desde agosto de 2019, Claudio se recuperou de uma lesão na perna e estava pronto para lutar em março deste ano, no UFC Brasília. No entanto, a organização o mudou de evento e colocou para abril. No fim das contas, o brasileiro ficou sem adversário, já que James Krause, escalado para enfrentá-lo, pegou um duelo de última hora. Para o brasileiro, chegou a hora de encarar um oponente melhor ranqueado e disparou contra os colegas de divisão.

“Eu venho de cinco vitórias, ganhei do Leon Edwards, que está na boca de disputar o título, então quando me perguntam o porquê que eu não enfrento caras ranqueados é porque eles não querem lutar comigo. Nunca escolhi oponente e essa galera lá de cima, os top 10 e top 15 têm medo de mim, porque olham os nomes que venci. Acho que o UFC tinha que colocar uma cláusula no contrato de quem recusar a luta ser demitido”, disparou o lutador.

Em sua carreira como profissional de MMA, Hannibal soma 14 vitórias e apenas uma derrota. Seu único revés foi sofrido justamente em sua estreia como lutador, em 2007. Desde então, o brasileiro segue invicto – inclusive no UFC, onde acumula cinco vitórias até então.

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