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De alvo de bullying a sucesso no MMA! Conheça a história do novo campeão do Jungle Fight

Atual campeão peso-pena (66 kg) do Jungle Fight, Willian ‘Colorado’, como a maioria dos lutadores brasileiros, não teve um infância tranquila. Natural de São Cristovão (SE), o atleta tentou uma carreira como jogador de futebol, mas viu seu sonho ir por água abaixo. Na escola, passou da fase em que sofria bullying para dar a volta por cima e ser temido por quem fazia essa prática. Tudo isso em uma fase de aprendizado que o moldou para ser um dos grandes talentos do MMA nacional. Cenário que, de acordo com o atleta, é apenas o começo – o sonho de entrar no UFC é o próximo passo.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, ‘Colorado’ recordou os primeiros passos no esporte. Como boa parte dos meninos do Brasil, ele destacou que seu primeiro desejo foi brilhar com a bola nos pés para um dia jogar na Seleção Brasileira. Porém, com uma situação financeira de sua família precária, foi ‘obrigado’ a pensar em outra carreira. E sua motivação para se aventurar nas artes marciais foi por uma boa causa.

“Joguei na categoria de base do Sergipe, passei dois anos lá, sem apoio. Minha mãe não tinha condições de pagar meu transporte, comprar chuteira. Foi quando conheci o ‘Kiwi’, um amigo que treinava muay thai. Nessa época eu sofria muito bullying no colégio, apanhava demais. Uma vez cansei e disse que ia mudar mina vida. Um dia veio um cara grandão e bati nele. Desde então virei o defensor de quem sofria bullying. Depois disso comecei a treinar com esse meu amigo. No início sofria, era difícil demais, mas fui melhorando e vencendo todo mundo. Fui colecionando títulos, medalhas, ganhava de todo mundo”, contou, antes de explicar como foi migrar para as artes marciais mistas.

“Comecei a treinar MMA porque fiquei entediado no muay thai. Queria um desafio maior. Na minha primeira luta encarei um cara que estava com sete vitórias e apenas uma derrota, fui sem treinar direito e achei que fosse ganhar de qualquer maneira, não achava ele tão bom assim. Mas logo no início tomei um soco e perdi a visão do olho direito e não teve jeito. Desde então nunca gostei de perder nada. Venho nocauteando todo mundo, nunca levei uma luta por pontos. Entro para matar. Gosto de controlar as ações da minha vida”, completou.

Em janeiro deste ano, Willian teve o desafio de lutar pelo cinturão dos penas do Jungle Fight. E o lutador manteve seu estilo agressivo de lutar para conseguir o nocaute sobre Deberson ‘The Prince’ no segundo round do confronto e somar sua décima vitória na carreira. Após alcançar o lugar mais alto do evento nacional, agora sua meta é chegar ao Ultimate e seguir fazendo história, sem perder seu jeito falastrão ao melhor estilo Conor McGregor.

“Meu próximo passo é assinar com o UFC. O Dana (White) está semorando demais para me contratar. Vou vender muito pay per view. Vou fazer história. Quero bater em todo mundo para provar que sou o melhor. Eu sou assim. Falo que vou fazer e cumpro. Nasci desse jeito. Sou um assassino no MMA. Tento até minimizar o sofrimento dos meus adversários (risos). Mas o Wallid (Ismail) e meu empresário já estão falando com o UFC”, finalizou o lutador que nunca venceu uma luta por decisão dos jurados, com oito triunfos por nocaute e dois por finalização.

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