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Divulgação/Bellator

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Cris ‘Cyborg’ acusa Dana White de barrar superluta de grappling com Miesha Tate

De volta ao UFC após um hiato de mais de quatro anos, Miesha Tate já havia sinalizado com uma possível volta às competições em dezembro do ano passado, quando revelou ter interesse em uma superluta de grappling contra a brasileira Cris ‘Cyborg’. O confronto acabou não se materializando e a culpa, de acordo com a curitibana, recai sobre os ombros do presidente do Ultimate, Dana White, seu antigo desafeto.

Durante recente episódio do ‘The Catch Up with Cris Cyborg & James Lynch’, a campeã peso-pena (66 kg) do Bellator revelou que o dirigente máximo do UFC foi o responsável pelo duelo contra Miesha Tate nunca ter saído do papel. De acordo com a brasileira, o desejo da rival de retornar a competir no octógono mais famoso do mundo falou mais alto e fez com que os planos da superluta fossem adiados momentaneamente.

Vale lembrar que, apesar de estar à época aposentada e, inclusive, trabalhando na parte administrativa do ONE Championship, Miesha Tate ainda possuía contrato de lutadora com o UFC e precisaria de uma permissão da entidade para competir em algum evento de luta. Recentemente, outro ex-campeão do Ultimate, também já aposentado do MMA, teve, supostamente, sua participação em um combate de boxe barrada pela alta cúpula da entidade: o canadense Georges St-Pierre, que segundo rumores enfrentaria a lenda da nobre arte Oscar De La Hoya.

“Eu não estou surpresa. Ele não quer que isso aconteça. Ela quer fazer mais algumas lutas, ela disse que não é o fim da linha, agora ela pode ter a oportunidade de fazer essa luta no futuro. Ela disse que realmente gostaria de fazer isso, mas você conhece a história. Dana não quer nada com Cyborg. Mas eu acredito que no futuro talvez os fãs gostariam de assistir”, comentou ‘Cyborg’, antes de disparar contra a política autoritária do UFC.

“Nós temos que usar todo momento de oportunidade que tivermos. Ok, seu empresário e você decidem que uma coisa é boa para a sua carreira, o promotor (de eventos) deveria deixar acontecer, deixá-los fazerem isso. Não existe ajuda com o lutador. Eles vão ganhar dinheiro extra, publicidade extra, lutas extras, vai ser melhor. Mas eu não sei, eu estou feliz por estar livre disso”, concluiu a lutadora.

A relação entre Cris ‘Cyborg’ e Dana White, que nunca foi das melhores, se deteriorou de vez depois que a curitibana perdeu o título peso-pena do UFC para a compatriota Amanda Nunes, em dezembro de 2018. Com acusações públicas disparadas de ambas as partes, a trajetória da ex-campeã chegou ao fim após sua última apresentação pela entidade, em julho de 2019, quando venceu a jovem promessa Felicia Spencer, encerrando seu contrato, que não seria renovado posteriormente pelo Ultimate.

Após deixar o UFC, ‘Cyborg’ assinou contrato com o Bellator e, logo em sua estreia pela nova casa, conquistou o cinturão até 66 kg da liga, ao superar a então campeã Julia Budd. Com o feito, a curitibana se tornou a primeira atleta a conquistar um título em quatro grandes organizações de MMA na história (Bellator, UFC, Strikeforce e Invicta FC).

Já Miesha Tate anunciou seu retorno à ativa em março deste ano. A ex-campeã peso-galo (61 kg) do Ultimate, que não luta desde 2016, inclusive já tem compromisso marcado. No próximo dia 17 de julho, a americana enfrentará a também veterana Marion Reneau, em evento do UFC ainda sem sede definida.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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