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Às vésperas do UFC Uruguai, Raulian Paiva analisa benefícios de camp realizado nos EUA

Raulian Paiva é uma das promessas brasileiras na divisão dos moscas – Jon Roberts/Ag Fight

A estreia de Raulian Paiva no Ultimate não foi bem como ele esperava. Em um resultado controverso, o brasileiro perdeu para Kai Kara-France por decisão dividida dos juízes. No entanto, o revés não abalou o peso-mosca (57 kg) — muito pelo contrário, serviu de motivação. A fim de aprimorar suas habilidades no MMA, o atleta do Amapá deixou sua região rumo à Califórnia (EUA), para treinar na renomada equipe ‘Alpha Male’.

Durante entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Raulian viu com bons olhos a mudança de ares e comemorou a maior infraestrutura da equipe americana. Após sua participação no reality show ‘Contender Series’, o brasileiro já havia treinado por um breve período na Alpha Male, mas essa foi a primeira vez que Paiva realizou um camp completo na tradicional academia da cidade americana de Sacramento. O peso-mosca encara o compatriota Rogerio Bontorin neste sábado (10), no UFC Uruguai.

“Estou muito mais focado fazendo o camp aqui na ‘Alpha Male’. Aqui tem muito material humano. Não precisa ficar ligando para saber: ‘E aí, brother, vai treinar hoje?’. Tem uma pessoa para cada área: wrestling, kickboxing, boxe, MMA, jiu-jitsu. Sem contar que aqui tem os melhores atletas do UFC e dos outros grandes eventos. Isso é muito importante, fiz um grande camp e fiquei bem feliz. Percebi minha evolução e vou perceber mais ainda depois da luta com o Bontorin”, analisou Raulian, antes de detalhar a experiência de conviver em um ambiente internacional.

“Quase toda semana aqui está chegando gente. Conheci muita gente, pessoal da Rússia, da China. Sempre tem força nova no time. Vim para cá sem falar nadinha de inglês, mas com a convivência, uso de aplicativo e me esforçando também para aprender, eu consigo desenrolar algumas coisas no inglês. Mas o bom é que a galera aqui é muito atenciosa. Às vezes, quando você fala algo errado, eles vão lá e consertam e te dão atenção para saber o que você está querendo dizer. E muitos também querem aprender português, então acaba sendo que meio uma troca de favores. Assim eu vou pegando a ‘manha’. Minha escola é aqui, na prática”, completou o atleta do Ultimate.

Como ele mesmo disse, engana-se quem pensa que a mudança para os Estados Unidos gerou um ganho apenas no âmbito desportivo. Sem nenhuma familiaridade com a língua inglesa, Paiva foi ‘na cara e na coragem’ em busca de seus sonhos. Já na Califórnia, encontrou parceiros que o ajudaram aos poucos a se ambientar e cada vez mais compreender o idioma tão importante para a autopromoção de um lutador de MMA.

“O inglês é uma língua muito importante para nós, atletas, porque é uma língua universal. É quase que obrigatório. Se você quiser ter mais moral no UFC, é muito importante, até porque é uma empresa americana. Para seu trabalho ficar mais reconhecido no mundo inteiro, tem que aprender inglês, para dar entrevista, dar palestra em inglês. É superimportante para a vida profissional do atleta”, concluiu o brasileiro, em conversa com a Ag Fight.

Além de Raulian Paiva e Rogerio Bontorin, outros oito brasileiros entram em ação no card com sede no Uruguai. Vicente Luque, Marina Rodriguez, Rodolfo Vieira, Gilbert ‘Durinho’, Polyana Viana, Raphael ‘Bebezão’, Geraldo de Freitas e Alex ‘Leko’ representam as cores da bandeira nacional neste sábado.

 

 

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