Deiveson Figueiredo e Joseph Benavidez disputam o título dos moscas – Natassia del Fischer
Deiveson tem um desafio histórico, embora não inédito para ele, neste sábado (18). O reencontro com Joseph Benavidez no main event do show programado para Abu Dhabi, na ‘Ilha da Luta’, vale o cinturão vago dos pesos-moscas (57 kg), divisão que nunca contou com um atleta brasileiro como campeão. No entanto, algumas diferenças em relação ao primeiro embate garantem mistério e apreensão para a revanche.
Se em fevereiro deste ano Deiveson nocauteou o americano com facilidade no segundo round, grande parte de sua superioridade foi justificada de forma crítica pelo fato do brasileiro não ter atingido o peso correto da categoria no dia anterior – fato que o impediu de deixar o cage com o cinturão no braço. Não por acaso, o UFC escalou Pantoja previamente como reserva para caso algo impedisse o número um do ranking de competir neste sábado.
Ao mesmo tempo, ciente do receio dos promotores do evento com sua briga contra a balança, o ‘Deus da Guerra’ adotou nova dieta e prometeu chegar mais leve e seco do que nunca na semana da luta. E tal fator levanta a possibilidade de que sua performance seja afetada, principalmente pelos contratempos enfrentados pelo atleta para chegar em Abu Dhabi.
Depois de um falso teste positivo prender Deiveson em São Paulo por dois dias a mais além do planejado, o atleta precisou cumprir a quarentena obrigatória de 48 horas. Desta forma, ele só pôde sair do seu quarto 17 horas antes da pesagem oficial o que, somado à diferença de fuso, clima e alimentação, garantem elementos de sobra para que a disputa carregue novos ares.
No entanto, apesar de mais leve do que antes, o brasileiro ainda sobra em tamanho, potência e volume em relação ao seu adversário – características que foram fundamentais para o domínio apresentado no primeiro encontro. Favorito para a disputa e sem a cobrança de ter falhado na pesagem, Deiveson poderá, enfim, disputar o posto mais alto do UFC em sua categoria e, de quebra, em caso de vitória, garantir um feito inédito para o Brasil e ainda se tornar o único homem a conquistar um título desde 2017. Pressão é o que não falta!