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Filho de Wanderlei Silva, Thor promete manter legado do pai antes de estreia no MMA

O tradicional ditado que diz que ‘uma maçã nunca cai longe da árvore’ pode resumir da melhor forma a sintonia entre Thor e Wanderlei Silva. Filho de uma das maiores lendas das artes marciais mistas do Brasil, o jovem de apenas 19 anos quer provar que o talento para os esportes de combate corre no DNA da família. No dia 25 de setembro, em sua estreia no MMA amador, ele terá a oportunidade de escrever sua própria história com um objetivo em mente: manter vivo o legado de seu pai.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Thor narrou como foi crescer inserido no meio das lutas sendo filho de um grande nome da modalidade. De acordo com o próprio, estar nesta posição nunca significou uma pressão extra em si. Agora, com seu pai oficialmente aposentado das artes marciais mistas, o jovem se considera pronto para consolidar essa passagem simbólica de bastão dentro da família.

“(Ser filho do Wanderlei) É desde pequeno é estar sempre em volta dos melhores, pegando a técnica com os melhores. Acho isso uma coisa muito boa para mim. Quero agradecer ao meu pai, já que estou tendo a oportunidade de me apresentar agora no ‘FMF’. Não acho uma coisa ruim ter esse peso de ser (filho) do Wanderlei Silva. Acho uma coisa boa, sempre vou ter lutas boas, o adversário sempre vai estar preparado, e sei que isso vai sempre fazer um show melhor”, analisou, antes de falar sobre sua relação com os esportes de combate.

“Quando era criança, não tinha essa dimensão da luta, era mais uma brincadeira. Depois que comecei a ficar mais velho, vendo as lutas dele, vendo porque meu pai tem essa fama de ser o ‘Cachorro Louco’, o ‘Axe Murderer’. Acho isso uma coisa muito irada, tenho a honra de ser o filho dele. E agora que ele passou o bastão para mim, vou dar umas marretadas boas (risos)”, completou Thor.

Thor Silva faz sua estreia no MMA amador na edição de número 2 do ‘Fight Music Show’, com sede em Curitiba. O jovem enfrentará Gabriel Bonfim no dia 25 de setembro. Confiante às vésperas do confronto, o atleta destaca sua evolução na luta agarrada após passar a treinar na equipe ‘CM System’. No entanto, se pudesse escolher, Thor admite que gostaria de liquidar a fatura como seu pai fazia no auge: com um nocaute feroz.

“Estou me sentindo muito confiante. Entrei na CM System, com o Cristiano Marcelo. O time deles está irado, estão me forçando muito, estou pegando bastante (ritmo) de chão, então estou bem confiante para essa luta. A ficha normalmente não cai para mim até eu entrar no tatame. Sou uma pessoa mais fria, calma e relaxada quando vou lutar. Mas eu quero ver como meu corpo vai reagir com essa adrenalina de entrar lá (Arena Curitiba), com 30 mil pessoas, é bastante. Estou mais feliz do que ansioso, vamos dar show”, admitiu, antes de falar sobre seu oponente.

“O pouco que eu sei (do meu oponente) é que ele é striker. Então vamos ver se ele é melhor que eu (risos), ver se ele consegue acertar alguma em mim. Eu vou no soco, mas se eu conseguir acertar uma queda, colocar ele de lado, pegar um braço ou pescoço, também vale. Mas o que eu quero mesmo é ‘sentar a mão'”, concluiu o jovem lutador.

O Fight Music Show 2 será liderado pelo combate entre os veteranos Acelino ‘Popó’ Freitas e ‘Pelé’ Landy. No co-main event, a atleta da casa, Cris ‘Cyborg’, mede forças com Simone Silva. Ambos duelos serão disputados no boxe, diferentemente da luta de Thor Silva, que seguirá as regras do MMA amador.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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