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Diego Ribas/PxImages

Jiu-jitsu

Gordon Ryan promete sair da zona de conforto em 2023 e manda recado para rivais

Principal estrela do grappling na atualidade, Gordon Ryan elevou a modalidade a um patamar comercial nunca antes visto, conseguindo lucrar financeiramente mais do que qualquer outro atleta do passado ou do presente. Mas, ao que parece, o americano está disposto a cortar alguns luxos de sua vida e promover algumas mudanças para estimular o melhor de si como competidor.

Em uma publicação compartilhada na sua página oficial do ‘Instagram’ (veja abaixo ou clique aqui), Gordon revelou que sua vida passará por mudanças drásticas a partir do próximo ano. Alvo preferencial dos rivais por suas conquistas e feitos recentes, o faixa-preta entende que não pode deixar seu nível de competição cair e, para isso, está aberto a abdicar de sua ‘zona de conforto’.

De acordo com o americano, isso significa abrir mão de todos os luxos que o dinheiro ganho por ele trouxe nos últimos anos, como boas acomodações em sua casa, carros elegantes e confortáveis, e rotinas mais flexíveis de treinamentos. Nesta espécie de lista de promessas para 2023, Gordon Ryan se comprometeu a focar todas suas atenções nos próximos 12 meses para manter a excelência de suas performances, e para isso ele espera usar o incômodo pessoal como gatilho.

“2023 vai ser um ano de mudança. Meu nome tem estado na boca de muitas pessoas, como tem sido por muitos anos. Durante toda minha carreira, eu tenho estado incomodado e insatisfeito. Eu tenho vivido uma grande vida, mas ela sempre foi desconfortável. Morando em (Nova) Jersey e me deslocando 1000 milhas por semana para treinar, depois vivendo no Harlem e bem, vivendo no Harlem, depois para uma linda casa em NJ, mas vivendo com outras 4 pessoas, e depois para uma casa de m*** em PR que nós alugávamos.

Tem sido uma viagem divertida, eu não me atrevo a reclamar, mas tem sido desconfortável durante todo o caminho até aqui. Quando eu tirei uma licença pelo meu estômago, eu foquei apenas na minha saúde e em estar o mais confortável possível enquanto eu estava me recuperando.

Eu vivo em uma linda casa, em um lindo estado. Eu acordo na minha confortável e linda cama king size e entro em um dos meus lindos e confortáveis carros para dirigir ao treino, depois eu volto para casa e pego pesos na minha linda academia. Meu estômago está muito melhor do que estava nos últimos quatro anos, mas ainda falta muito para voltar ao normal.

Dito isto, eu vou dormir em alguns colchonetes no chão para todo dia acordar de mau humor. Eu vou manter todos os meus carros, mas eu comprei um Toyota Corolla básico para dirigir por aí como eu fazia quando tinha 17 anos (eu tinha um Civic básico). Eu vou dirigir para o treino em um carro que eu odeio, depois de acordar infeliz na manhã, apenas para treinar o dia todo em uma rotina rigorosa e ir dormir.

Eu vou voltar aos dias de quando eu não tinha nada, e as únicas coisas que vão importar são, claro, meu estômago, essa ainda é a prioridade, e jiu-jitsu. Eu vou viver no tatame, mesmo se meu estômago estiver ruim, pelos próximos 12 meses, no mínimo. Emoções são fraquezas geralmente e meu único foco nesse próximo ano vai ser o jiu-jitsu.

Tem muitos competidores que estavam com meu nome em suas bocas antes e depois do ADCC, e agora eu vou sofrer todo dia, só para que vocês possam sofrer quando nós dividirmos o tatame. Boa sorte, e por favor, continuem falando, publicamente e no privado, porque eu tenho olhos em todos os lugares”.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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