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Thiago Moisés exalta treinos com Poirier e promete reviravolta na carreira

Thiago Moisés terá novo desafio no octógono – Leandro Bernardes

Nesta quarta-feira (13), Thiago Moisés tem a chance de ouro de se recuperar no Ultimate e ganhar mais moral com a organização. Escalado para o UFC Jacksonville, o brasileiro enfrenta o veterano Michael Johnson e, para este confronto, o lutador da equipe American Top Team contou com uma ajuda especial em seus treinamentos. Trata-se do ex-campeão interino do peso-leve (70 kg), Dustin Poirier.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o atleta admitiu que, mesmo que as medidas contra pandemia do coronavírus tenham afetado a rotina da equipe, limitando o número de pessoas na academia, ele aproveitou o tempo ao lado do americano. Até porque, para completar, Poirier já foi derrotado por Johnson no octógono, em 2016, e conhece com detalhes, além dos perigos do jogo do rival.

“Sempre bom poder aprender com o Dustin, um cara que já lutou com os melhores, inclusive com o Michael Johnson. Ele tem uma cabeça muito boa, puxa bastante no treino. Ele é canhoto, bom de boxe, tem o estilo do Michael Johnson. Então ele fez o jogo dele e ajudou bastante. Ele é bem rápido. O que pude tirar de lição desses treinos é para tomar cuidado com o boxe dele (Johnson), tem uma mão bem rápida”, afirmou o lutador.

Thiago Moisés assinou com o Ultimate em 2018, após uma passagem de sucesso pelo programa Contender Series. No entanto, o brasileiro ainda não consegui deslanchar, com duas derrotas e uma vitória. Mas no que depender dele, chegou a hora de mudar sua trajetória na franquia e nada melhor que um triunfo sobre o americano, que atua pelo UFC desde 2010, após integrar o The Ultimate Fighter 12.

“Estou muito feliz com essa luta. Lutar contra um cara que já venceu grandes nomes, inclusive o Tony Ferguson. Estou feliz de ter essa chance de mostrar meu trabalho e meu valor. Acredito que essa luta vai marcar uma reviravolta na minha carreira. Uma vitória me coloca em outro patamar na organização”, explicou.

Apesar de um retrospecto negativo ainda no UFC, Thiago tem uma justificativa plausível. Desde que pisou no octógono, o brasileiro sempre pegou adversários da parte de cima da categoria ou com grandes sequências de vitórias. Porém, Moisés analisa esse fator de maneira positiva e descartou alguma pressão a mais para esse confronto com receio de uma possível demissão da franquia.

“Não tive colher de chá no UFC mesmo (risos). Mas fico feliz. Estar no UFC envolve nos melhores atletas do mundo e encarar os adversários duros e isso me deixa feliz também. Eu já esperava que na minha próxima luta seria um cara difícil. Mas não me sinto pressionado em nada”, finalizou o lutador.

Ex-campeão do RFA, Thiago Moisés assinou com o UFC após vencer Gleidson Cutis, no Contender Series, em agosto de 2018. Após estrear na organização com derrota para Beneil Dariush, Moisés se recuperou com um triunfo diante do americano Kurt Holobaugh, no UFC 237, em maio de 2019. Porém, em sua última apresentação, também no ano passado, foi superado por Damir Ismagulov. A jovem promessa do MMA brasileiro possui 12 vitórias em 16 lutas na carreira.

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