Entrevistas

Thiago Moisés aposta na juventude para chegar no topo da “divisão mais difícil” do UFC

No próximo sábado (27), pelo card do UFC Vegas 20, Thiago Moises medirá forças com o americano Anthony Hernandez, visando conquistar sua terceira vitória consecutiva, ampliando, assim, sua primeira sequência positiva no principal evento de MMA do mundo. Um novo triunfo fará o peso-leve (70 kg) dar mais um passo em sua caminhada rumo à almejada disputa de título, objetivo de todo atleta. Trajetória esta que, devido à competitividade acima da média na divisão até 70 kg do Ultimate, promete ser repleta de dificuldades e obstáculos.

Nada que assuste o atleta da ‘American Top Team’. Mesmo sendo o lar de algumas das principais estrelas da companhia e contando com um plantel repleto de lutadores talentosos, que faz com que a divisão dos leves seja considerada a melhor e mais difícil categoria de peso do Ultimate, Thiago Moisés não parece intimidado pelo desafio de triunfar nela.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Thiago, de 25 anos, citou sua juventude e constante evolução no esporte como fatores que lhe dão confiança em um futuro glorioso na categoria, apesar da acirrada concorrência. Sem pressa, o lutador paulista ainda pregou paciência para conseguir superar cada obstáculo por vez e alcançar seu objetivo de um dia lutar pelo cinturão peso-leve do Ultimate.

“Com certeza é a categoria mais difícil, a mais disputada, do UFC. Alguns atletas têm sete vitórias seguidas, mas ainda não estão perto de disputar o cinturão. Se você olhar as outras divisões, como no peso-pesado, atletas com quatro vitórias já chegam perto de disputar o cinturão. Mas eu não penso em mudar de categoria. Eu acredito que posso ser campeão do peso-leve, até pela questão da idade. Eu venho melhorando a cada luta, todos os dias eu venho evoluindo. Então, eu mal posso esperar para quando eu tiver com 30, 31 anos, para saber qual o nível que eu vou chegar”, ponderou Thiago, antes de apontar a trajetória que pretende seguir para chegar no topo da categoria.

“Acredito que, vencendo as lutas de uma maneira convincente, o meu momento de disputar o cinturão vai chegar. Claro que é passo a passo, subindo um degrau de cada vez. Até porque o UFC só vem me dando bons adversários, adversários conhecidos, e isso pesa bastante também. Não adianta só vencer, mas sim como você vence e quem você vence. Então, eu acredito que se eu vencer de forma contundente esses adversários que o UFC vem me dando, que são rivais conhecidos, o meu momento vai chegar”, analisou.

Outro ponto destacado pelo paulista como fundamental na construção de sua trajetória para chegar em uma disputa de título no futuro é o aspecto comercial. Ciente da importância de se promover e, consequentemente, atrair mais fãs interessados em consumir suas lutas, o peso-leve admitiu que pode utilizar de uma situação em que aparentemente tem suas habilidades subestimadas para reverter o jogo e fazer crescer sua ‘marca’.

Assim como em sua última luta, quando encarou Bobby Green e lucrou financeiramente ao apostar na sua vitória, Thiago foi apontado mais uma vez como o azarão pelas casas de apostas antes do combate contra Anthony Hernandez. E, apesar de ainda não ter feito uma nova aposta para esse duelo, o paulista não descarta a possibilidade de, até mesmo, utilizar deste estigma em favor do seu marketing pessoal.

“Com certeza, (o marketing pessoal) influencia bastante porque o UFC é um business. Não adianta só vencer se ninguém quiser te assistir. O UFC quer o cara que esteja no topo e que saiba vender suas lutas. Além de ser um esporte, também é um negócio”, declarou Thiago Moisés, antes de comentar sobre o papel de azarão nas bolsas de apostas.

“Talvez pode ser um bom marketing. Vamos ver até quando vão continuar me colocando como underdog (azarão). Ainda não fiz (aposta na vitória). Acabei esquecendo de ver isso. Mas agora eu vou dar uma olhada. Vamos ver, quem sabe. Um dinheirinho extra é bom”, concluiu.

Oriundo do programa ‘Contender Series’, Thiago Moisés compete pelo UFC desde 2018 e soma três vitórias e duas derrotas em sua ainda curta trajetória pela entidade. Nas suas duas mais recentes apresentações, o paulista superou, respectivamente, os veteranos Michael Johnson e Bobby Green. Ao todo na carreira, o peso-leve acumula 14 triunfos e quatro reveses.

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