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Entrevistas

Pupilo e amigo de Belfort, ‘Durinho’ justifica torcida para Anderson na ‘Luta do Século’

Desde que estreou no MMA, Gilbert Burns sempre teve seu nome ligado ao de Vitor Belfort. A relação dos dois começou quando o meio-médio (77 kg) assumiu o posto de treinador de jiu-jitsu e parceiro de time do ‘Fenômeno’ no ‘TUF Brasil 1’. O ex-campeão do UFC então se tornou um dos grandes mentores e incentivadores para que o atleta natural de Niterói (RJ) entrasse na modalidade. Por isso, nesta sexta-feira (5), data que celebra o aniversário de dez anos do duelo entre Anderson Silva e Vitor Belfort, Durinho recordou a ‘Luta do Século’ e fez uma revelação surpreendente.

Como a amizade com Belfort segue forte até os dias de hoje, seria natural pensar que ‘Durinho’ viu o combate contra Anderson e estava na torcida pelo amigo. No entanto, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o atual desafiante ao título dos meio-médios do Ultimate revelou o principal motivo para preferir o triunfo de ‘Spider’ na época.

“Eu estava na (equipe) Atos e na época o Ramon Lemos, nosso professor de jiu-jitsu, estava no corner do Anderson. Eu já gostava do Vitor, mas por causa do Ramon a gente estava na torcida para o Anderson e acabou daquele jeito. Na época foi ruim, porque tínhamos competição em Adu Dhabi e nosso treinador não estava com a gente por causa do Anderson (risos). Mas foi ótimo para o Ramon, que fez um excelente trabalho”, ressaltou.

O ano de 2011, além de ser marcado por este combate histórico que foi importante para mudar o rumo do MMA no Brasil, também foi fundamental para a sequência da carreira de ‘Durinho’. Três meses depois de Anderson derrotar Belfort, o lutador foi campeão mundial de jiu-jitsu ao derrotar Kron Gracie na grande final. Esta conquista foi o pontapé inicial para ele fazer a migração para as artes marciais mistas e primordial para dar início à sua parceria com o ‘Fenômeno’.

“Essa luta não alterou meu pensamento sobre lutar MMA. Meu plano era ser campeão mundial e fazer essa transição para o MMA. Acabou que depois de ser campeão mundial, eu encontrei o Vitor e teve convite para treiná-lo. Houve uma grana muito boa e aceitei. Logo depois disso eu comecei ajudá-lo e também a fazer minha transição para o MMA. Mas foi esquisito porque meu professor estava com o Anderson, logo depois treinei o Vitor e ele começou a me ajudar muito. Foi bem estranho na época”, explicou.

Dez anos depois de ver seu atual ídolo ser derrotado em uma disputa de cinturão, agora ‘Durinho’ pode escrever seu nome na história do Ultimate. No próximo dia 13 de fevereiro, o faixa-preta de jiu-jitsu encara Kamaru Usman pelo cinturão dos meio-médios, na luta principal do UFC 258. Perto de poder ser o primeiro brasileiro campeão da divisão, o atleta recordou o emblemático dia 5 de fevereiro de 2011 e brincou.

“Agora o Ramon e o Vitor estão do meu lado para me ajudar a conquistar esse cinturão. Continuo falando muito com o Ramon e o Vitor também. Eu e o Vitor sempre marcamos de treinar juntos. Ele vai me ajudar muito para pegar esse cinturão”, concluiu.

Após cinco vitórias seguidas no Ultimate, Gilbert ‘Durinho’ vive sua melhor fase na organização desde que fez sua estreia, em 2015. Em sua última apresentação, em maio do ano passado, o brasileiro, após cinco rounds, superou o ex-campeão da divisão Tyron Woodley por decisão unânime dos jurados, fato que o credenciou a lutar pelo título.

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