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'Pezão' já lutou pelo cinturão dos pesos-pesados do UFC - Erik Engelhart

Entrevistas

‘Pezão’ ignora diferença de 14 anos para rival e destaca felicidade em voltar ao MMA

Após mais de três anos afastado do MMA, Antônio ‘Pezão’ vai voltar a ter a experiência de entrar em um cage da modalidade para enfrentar o americano Brett Martin no dia 30 de outubro, pelo Taura MMA. O ex-lutador do UFC, que neste tempo que ficou longe das artes marciais mistas atuou em eventos de kickboxing e boxe sem luvas, afirmou estar contente em retornar ao esporte que lhe deu maior visibilidade.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o lutador revelou que o tempo afastado da modalidade lhe deu ainda mais vontade de poder atuar novamente. Dessa maneira, ‘Pezão’ afirmou que espera por uma grande atuação para mostrar novamente as qualidades que o colocaram entre os melhores do mundo. Além disso, o atleta adiantou que, independentemente do resultado, essa não será sua última luta.

“Estou muito feliz de estar de volta ao MMA, a modalidade que me lançou para o esporte, depois de mais de três anos. Agora é focar e estar 100% para voltar com o pé direito. Sempre vivi do esporte, desde os cinco anos estou envolvido nas artes marciais, comecei no karatê e eu amo o que faço. Amo lutar, conviver naquele meio. Hoje temos grandes lutadores com mais de 40 anos que estão lutando e vou queimar mais uma lenha”, afirmou o brasileiro, antes de rebater que a diferença de idade pode prejudicá-lo na luta.

“A experiencia de ringue, octógono, conta muito. Não quer dizer que por ele (Brett Martin) ser mais novo vai estar melhor fisicamente e mentalmente do que eu. Não faz diferença. Ele luta muito bem e vai ser um grande nome para eu poder voltar. Nunca escolhi adversário, seja ele difícil ou não. Sempre que me propuseram eu aceitei e vou continuar assim. Tem tudo para fazermos uma grande luta”, concluiu.

A última vez que Antônio ‘Pezão’ saiu com uma vitória de uma luta de MMA foi em 2015, diante de Soa Palelei, no UFC 190, por nocaute no segundo round de disputa. Após esse combate, o lutador voltou mais cinco vezes ao cage e perdeu todas, incluindo revezes em apresentações no Glory e Bare Knuckle. Tal retrospecto e possíveis críticas parecem não afetar o peso-pesado, que mencionou contemporâneos que conviveram com a desconfiança do público e conseguiram dar a volta por cima na carreira.

“A crítica sempre existiu. Muitos atletas sofrem perseguição, por algum defeito dele ou por pessoas não gostarem mesmo. Sempre existiu. Não sou o primeiro. No MMA teve o Arlovski, que tem mais de 40 anos e agora faz boas lutas. O Alistair Overeem, que todo mundo dizia que tinha queixo de vidro e vem em um ritmo muito bom. Na F1, na época do ‘Rubinho’ Barrichello ele sofria com as brincadeiras e é normal. Temos que saber lidar com isso. Crítica negativa, são muitas. Uma positiva ou um elogio são poucas. Faz parte”, disse o brasileiro, antes de revelar que não tem mágoa dos seus ‘haters’ e nem pretende provar nada a eles.

“Não tenho que mostrar nada para ninguém. Eu fiz grandes lutas, seja elas nas vitórias ou derrotas. Acho que 90% das minhas derrotas foram para ex-campeões. Tem o Werdum, Cain Velásquez, Arlovski, Daniel Cormier. As vitórias também, que me fez ter o conhecimento que tem. Não preciso responder nada a ninguém. O que importa é eu estar bem fisicamente e mentalmente e poder continuar o que eu gosto”, completou.

Com 19 vitórias e 12 derrotas na carreira no MMA, Antonio ‘Pezão’ já chegou a disputar o cinturão do peso-pesado do Ultimate, em 2013, mas foi derrotado por Cain Velásquez. Além disso, um dos momentos mais marcantes do lutador foi o triunfo sobre Fedor Emelianenko, em 2011, pelo extinto Strikeforce.

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