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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Oriunda do judô, Luana Pinheiro torce por chegada de medalhista olímpica ao MMA

Por conta do sucesso de Ronda Rousey, ex-campeã peso-galo (61 kg) do Ultimate e responsável pelo primeiro ‘boom’ de popularidade do MMA feminino em escala global, cada vez mais, novas atletas provenientes do judô têm migrado para as Artes Marciais Mistas. No próximo sábado (1), mais uma lutadora oriunda da modalidade japonesa dará seus primeiros passos no principal evento do mundo: a peso-palha (52 kg) brasileira Luana Pinheiro.

Escalada para enfrentar a veterana Randa Markos no card preliminar do UFC Vegas 25, Luana aposta que este fenômeno só tende a crescer. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, a paraibana destacou o sucesso obtido por outras ex-judocas no MMA para justificar a crescente migração de atletas entre os esportes.

E na opinião da peso-palha, uma antiga colega do judô poderia ser uma adição valiosa ao grupo que hoje brilha no MMA. Questionada sobre o assunto, Luana não teve dúvidas ao declarar sua torcida para que Ketleyn Quadros – terceira colocada nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e primeira mulher a conquistar uma medalha individual olímpica pelo Brasil – seja a próxima a fazer a transição dos tatames da arte marcial japonesa para o cage do MMA.

“Acho que sim (mais atletas do judô migrarão para o MMA). O MMA é um esporte novo ainda, e cada vez mais estão entrando meninas do judô. Do jiu-jitsu a gente já vê bastante. Mas do judô não é uma coisa comum (ainda). Acredito que a gente entrando no UFC, fazendo boas lutas, conquistando cinturões como a Kayla Harrison (no PFL), a Juliana Velasquez (no Bellator), acho que isso abre as portas para as meninas do judô pensarem: ‘Eu também posso fazer isso'”, analisou Luana, antes de declarar sua torcida para que a medalhista de bronze em Pequim se aventure no MMA.

“Tem a Kekinha (Ketleyn Quadros). Se ela vir isso, eu acho que ela vai me matar (risos). Eu sempre falei com ela: ‘Kekinha, você tem que lutar MMA’. E ela fica rindo. Eu acho que a Kekinha seria uma boa lutadora de MMA se ela investisse nisso e quisesse”, afirmou.

Vale lembrar que, além de Ronda Rousey, já aposentada das competições, o judô foi a arte marcial de origem de algumas das principais atletas do MMA feminino na atualidade, como, por exemplo: Kayla Harrison, vencedora da temporada 2019 do PFL, Amanda Ribas, 11ª colocada no ranking peso-palha do UFC, e Juliana Velasquez, campeã peso-mosca (57 kg) do Bellator.

Apesar de vir do judô, Luana Pinheiro já demonstrou ter poder de nocaute nas mãos também. A paraibana vem de dois triunfos em que levou a adversária à lona consecutivos, o mais recente deles, pelo programa ‘Contender Series’, onde garantiu seu contrato com o UFC. A peso-palha chega à principal organização do planeta com oito vitórias e apenas um revés no cartel.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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