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Marina Rodriguez abre as portas para desafios no peso-mosca do UFC

Depois de ver seu sonho de disputar o cinturão peso-palha (52 kg) do Ultimate ficar mais distante com a derrota para Amanda Lemos, em novembro do ano passado, Marina Rodriguez volta ao octógono mais famoso do mundo neste sábado (6), pelo card do UFC 288, em Newark, Nova Jersey (EUA), para encarar Virna Jandiroba e dar o pontapé inicial em uma nova fase na carreira. Apesar de ainda ter como objetivo o ‘title shot’ na divisão até 52 kg, a gaúcha também não descarta se aventurar em outra categoria.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Marina Rodriguez analisou a situação atual da divisão dos palhas e lamentou a dificuldade de encontrar adversárias aptas a enfrentá-la e que estejam no top 5 do ranking, assim como ela. Para driblar este cenário e aumentar sua frequência no octógono do Ultimate, a brasileira acena com a possibilidade de aceitar novos desafios no peso-mosca (57 kg), categoria na qual fez apenas um combate pelo UFC, contra Michelle Waterson, em maio de 2021, do qual saiu vencedora.

Se na ocasião o duelo contra a americana foi disputado no peso-mosca de forma circunstancial, em virtude do chamado de última hora por parte do UFC, a partir de agora Marina se diz aberta a novos convites para atuar na categoria de cima. Caso se confirme, a gaúcha repetirá o mesmo caminho adotado por duas compatriotas nos últimos tempos: Jéssica ‘Bate-Estaca’ Andrade e Amanda Ribas, ambas ranqueadas nas duas divisões.

“Eu não julgo, não digo que é errado, porque eu já fiz isso também (lutar em duas categorias). E se tiver a oportunidade, com certeza, vou fazer também, porque, como eu disse, eu quero trabalhar, quero lutar, quero estar em atividade. E se for preciso, eu faço lutas na (categoria) de cima, na de baixo… O que a oportunidade me oferecer, eu vou estar fazendo”, afirmou Marina.

Motivação para lutar mais

A abertura para novas oportunidades na categoria de cima é um recado claro de Marina Rodriguez para a organização e também para seus fãs: a gaúcha pretende subir no octógono do UFC com maior frequência do que vinha acontecendo. A motivação parece ter surgido após o revés que interrompeu sua sequência de vitórias e a afastou do primeiro lugar na fila pelo ‘title shot’ no peso-palha.

Antes bem próxima de uma disputa pelo cinturão até 52 kg, a gaúcha agora precisa recomeçar sua caminhada rumo ao topo e, aos 35 anos recém-completados, sabe que precisa aproveitar o tempo que lhe resta na carreira ao máximo. E isso inclui também a questão financeira, já que, como seus colegas de profissão, a principal fonte de renda da lutadora só entra em sua conta bancária ao se apresentar no cage do UFC.

“Eu iniciei o ano com muita vontade de mostrar quem é a Marina de verdade, mostrar aquela Marina agressiva que busca a vitória o tempo todo dentro do octógono, como em todas as lutas eu venho fazendo. Eu quero fazer isso mais vezes e não deixar o tempo passar. O tempo passa, a gente almeja um objetivo maior, isso não acontece e acaba que podia ter feito mais. Podia ter lutado mais, estado mais em atividade… Acho que meu objetivo hoje é esse: estar lutando, fazendo a minha carreira, lutar para fazer dinheiro e mostrar o meu trabalho, com a minha vontade, minha agressividade. Essa é a minha origem e eu quero mostrar mais isso”, destacou.

Contratada após se destacar na versão brasileira do programa ‘Contender Series’, Marina Rodriguez estreou no UFC em setembro de 2018 e, desde então, venceu seis lutas, empatou duas e perdeu dois combates. Neste sábado, a gaúcha, número 5 no ranking peso-palha, encara Virna Jandiroba, 9ª colocada na lista, pelo card preliminar da edição 288 do Ultimate, sediada em Newark, nos Estados Unidos.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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