Por contar com os serviços da USADA (agência antidoping americana) desde 2015, o UFC é apontado por boa parte da comunidade das lutas como a organização mais difícil para o lutador conseguir burlar algum tipo de regra sem ser flagrado. Mas em outras ligas de MMA, o sistema de regulagem para possíveis casos de doping é tão efetivo quanto o do Ultimate. Ao menos é isto que afirma Larissa Pacheco, uma das estrelas do plantel da PFL.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, a campeã do ‘Grand Prix’ entre as pesos-leves (70 kg) em 2022 repercutiu o recente episódio de múltiplos casos de doping na PFL – com três brasileiros, incluindo Thiago Marreta, sendo suspensos dos torneios da atual temporada. Na opinião de Larissa – que também já competiu no UFC no passado – os flagras nos nove atletas apenas atestam que o sistema de testes da companhia está sendo levado, de fato, como prioridade, assim como é feito na liga presidida por Dana White.
“Fiquei sabendo (dos casos) quando a mídia divulgou. Todo mundo acha que os atletas da PFL estão cheios de bomba, isso e aquilo. Quem acha que pode chegar e burlar uma situação, já viu que não dá para fazer. Tem muito ‘hater’ na internet dizendo: ‘A Larissa está cheia de esteroides’. Os próprios americanos falam sobre isso. Mas a nível profissional (de política antidoping), a PFL é nível UFC. É a mesma linha, temos uma comissão. A gente faz teste antidoping antes e depois (das lutas)”, opinou Pacheco.
PFL mira parceria com USADA
Atualmente, quem regula os testes antidoping na PFL são as Comissões Atléticas da região no qual o evento é sediado. No entanto, após os múltiplos casos de doping divulgados no início do mês de maio, a empresa destacou que pretende, em breve, firmar uma parceria com a USADA, assim como o UFC faz atualmente – terceirizando este serviço para o órgão regulador especializado.
“A gente está sendo testado o tempo todo, recebemos visita em casa para ser testado sem ninguém avisar. Está ficando cada vez mais sério (regulação). Até porque é uma organização que está entregando dinheiro para caramba para um monte de atletas. E simplesmente ser uma avacalhação (nas testagens)? A galera está bem equivocada com relação a isso. Cada um sabe o que faz, eu faço o meu trabalho. Não posso falar pelos caras (que foram flagrados). Não sei qual foi o motivo, se não souberam administrar essa situação. Mas é isso, tomaram suas punições. Está todo mundo de olho na gente o tempo todo”, concluiu a brasileira.
Depois de se tornar campeã até 70 kg e embolsar o prêmio de 1 milhão de dólares (R$ 5 milhões) em 2022, Larissa Pacheco tenta repetir a dose nesta temporada, dessa vez no ‘GP’ das pesos-penas (66 kg). Na primeira rodada da temporada regular, a brasileira estreou com o pé direito ao vencer Julia Budd por decisão unânime. O segundo compromisso do torneio da paraense está agendado para o dia 16 de junho, contra Amber Leibrock.