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Kayla Harrison destaca crescimento de Larissa Pacheco, mas avisa: “Evoluí mais”

Nesta sexta-feira (25), Kayla Harrison tentará conquistar mais um título do torneio peso-leve (70 kg) promovido anualmente pelo PFL. Do outro lado do cage, a americana terá pela frente uma velha conhecida, a brasileira Larissa Pacheco, rival a qual já venceu em duas oportunidades, ambas em 2019. Passados três anos desde o último embate entre elas, a atleta da equipe ‘American Top Team’ reconhece que muita coisa mudou, mas acredita que ainda possui vantagem sobre a paraense.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Kayla Harrison exaltou o crescimento mostrado por sua adversária desde os dois primeiros confrontos disputados entre elas e deixou claro que espera enfrentar a “melhor versão” de Larissa Pacheco no duelo desta sexta-feira. Vale destacar que, após a última derrota para a americana, a paraense engatou uma sequência de cinco vitórias, todas por nocaute.

Em contrapartida, a ex-judoca confia que sua evolução no esporte foi ainda maior do que a da brasileira. Oriunda da arte marcial japonesa, onde se destacou com medalhas em Campeonatos Mundiais e Olimpíadas, Kayla ressaltou sua excelência no jogo de quedas e seu desenvolvimento como lutadora na trocação como seus grandes trunfos para repetir o resultado das duas primeiras lutas contra Larissa.

“Eu acho que vai ser diferente (das duas primeiras lutas) porque nós duas evoluímos muito. Ela está vindo de cinco nocautes seguidos, ela tem muita confiança, ela cresceu como lutadora. Então, eu estou esperando a melhor versão dela. Mas eu acho que eu evoluí um pouco mais. Eu acho que minha trocação evoluiu, acho que minhas quedas são as melhores do mundo… Eu acho que a luta vai correr da mesma forma, mas com um nível ainda mais alto de nossa parte. Vai ser uma versão melhorada de cada uma”, apostou Harrison.

Além da evolução física e no poder de nocaute apresentado por Larissa nos últimos combates, Kayla entende que a experiência e o ótimo retrospecto recente fizeram muito bem para a confiança da brasileira. A pressão de lutar pelo prêmio de um milhão de dólares (cerca de R$ 5,4 milhões), entregue aos vencedores de cada categoria do torneio anual do PFL, também é vista pela americana como um fator que pode influenciar de forma diferente a atuação da rival.

“Ela ficou muito mais forte. Ela parece estar muito maior, mais física, a potência dela. Como eu disse, cinco nocautes seguidos, você não ouve muito sobre mulheres nocauteando outras mulheres dessa forma nesse esporte. Então, você sabe que ela é perigosa, você sabe que as mãos dela têm potência. E eu acho que a confiança dela. Eu acho que ela tem muita confiança em si mesma, ao passo que talvez antes ela era mais jovem, ainda estava tentando se acostumar na divisão e com o peso. É um jogo diferente quando você está lutando por um milhão de dólares, certo? Então, provavelmente a pressão era diferente para ela. Mas eu acho que ela tem muita confiança vindo para essa luta”, afirmou.

Nas duas primeiras lutas entre elas, Kayla Harrison venceu Larissa Pacheco na decisão unânime dos juízes. O triunfo no segundo embate, inclusive, deu à americana o seu primeiro título no PFL e no MMA. Se a brasileira chega embalada por cinco vitórias seguidas por nocaute, a ex-judoca – bicampeã olímpica da modalidade – subirá no cage para defender sua invencibilidade na carreira como profissional (15 – 0).

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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