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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Especialista no jiu-jitsu, Mackenzie Dern promete mostrar lado trocador contra Virna no UFC 256

Como não poderia ser diferente, o UFC escalou lutas importantes e atletas de excelente nível para abrilhantar seu último evento numerado na atual temporada. A edição de número 256, que será realizada no sábado (12), em Las Vegas, é uma daquelas que deixa qualquer fã de MMA feliz e pode apresentar uma novidade. Na atração, Mackenzie Dern enfrenta Virna Jandiroba, em duelo que deve alterar o ranking do peso-palha (52 kg), e está disposta a mudar a impressão que a organização, fãs e demais lutadoras têm sobre ela.

Em entrevista exclusiva à reportagem da AG. Fight, Mackenzie comemorou a parceria com o treinador Jason Parillo, conhecido por afiar as mãos de diversos atletas. A lutadora, cujo ponto forte é o jiu-jitsu, analisou o combate contra Virna, explicou o que diferencia ambas na modalidade e revelou que essa é uma grande oportunidade de mostrar o quanto evoluiu na parte em pé e que não tem apenas a luta agarrada como recurso.

“Esse foi o melhor camp que fiz. Jason Parillo trouxe lutadoras de boxe profissionais, invictas e todas vieram para treinar comigo, para me ajudar. Fiz sparring com meninas grandes e com homens. Consigo lidar com qualquer tipo de peso, força e altura. Sou grata por tudo. Acredito que vai acabar no chão. Esse é nosso ponto forte. Virna tem confiança e nossos estilos são diferentes. O meu é mais solto e o dela é mais justo. Acho que não vamos querer ir pro chão logo no início. Estaremos fortes e uma pode cancelar o jogo da outra. Tenho certeza que ela, assim como eu, está treinando a trocação. Queremos ser a melhor lutadora do mundo e tentamos evoluir em tudo. A luta terá um pouco de tudo. Vai chamar a atenção e vamos mostrar todas as nossas armas para o UFC e para os fãs. Lutei mais vezes no topo, mas Virna tem mais lutas do que eu no geral. Ela tem uma base melhor, pressiona. Na trocação, vi pouco dela e não tenho como falar se é boa ou ruim, mas estou treinando muito essa parte, todo dia. Estou confortável. Se for para o chão, não será porque quero. Estou confortável em pé e, se ela quiser me levar para o chão, acabou. Lutamos lá”, decretou Mackenzie.

Apesar da luta ser bastante aguardada pelos fãs, a atleta destacou que Virna não foi a adversária que escolheu e, ao saber do duelo, admitiu que ficou surpresa. Antes, Mackenzie citou três nomes, que, segundo a mesma, a recusaram.

“Nas organizações anteriores, sempre tive uma carreira bem ativa. Gosto de manter o ritmo, pegar esse embalo e confiança enquanto as vitórias estão saindo. Estou com a cabeça boa, treinando, me aperfeiçoando. Não quero chegar ao cinturão na loucura, mas em um tempo, relativamente, rápido. Não tinha em mente a Virna. Comecei a seguir depois que ela venceu a Felice (Herrig). Vi a entrevista dela e a achei humilde e engraçada. Eu a parabenizei, porque representou o jiu-jitsu e não imaginava que iríamos lutar na sequência. Pensei que lutaria com alguém melhor ranqueada, porque esse é o meu objetivo, mas o fato de querer lutar em dezembro, impediu. Toquei no nome da Marina (Rodriguez), Michelle (Waterson) e Tecia (Torres), mas não aconteceu e a Virna aceitou. Se eu quisesse esperar, poderia, mas fico com receio da Covid-19 voltar com tudo. Prefiro aproveitar que estou sem lesão e fechamos essa luta. É uma luta legal e muitos gostariam de ver. Ela é do jiu-jitsu e será legal ver duas especialistas”, finalizou.

Mackenzie Dern, de 27 anos, vive bom momento no UFC. A faixa-preta de jiu-jitsu venceu duas lutas seguidas, ambas por finalização no primeiro round e em 2020, e, atualmente, ocupa a 11ª posição no ranking do peso-palha. No MMA, a atleta disputou dez lutas e foi derrotada apenas uma vez, por Amanda Ribas.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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