Se por um lado os brasileiros ficaram tristes com a derrota de Alex Poatan no UFC 287, por outro, ficaram entusiasmados com o triunfo de Gilbert Durinho sobre Jorge Masvidal, na luta co-principal do card com sede em Miami (EUA). A performance dominante, que fez, inclusive, seu rival veterano anunciar a aposentadoria do esporte, rendeu ótimos frutos para a carreira do especialista de jiu-jitsu, conforme o próprio revelou em entrevista exclusiva à Ag Fight após o show.
O brasileiro, atual número 5 do ranking dos meio-médios (77 kg), revelou que será o reserva da disputa de cinturão da categoria, entre o campeão Leon Edwards e Colby Covington. O embate pelo título ainda não foi oficializado pelo Ultimate, mas Durinho afirmou que seu próximo passo é enfrentar o vencedor da disputa entre ‘Rocky’ e ‘Chaos’.
“Vou esperar (title shot), fazer protesto. Eu vou como reserva para a luta (do cinturão), vou para Londres. O patrão falou e pediu para não contar, mas estou falando para o Brasil aqui. Vou para Londres como reserva e vou lutar pelo cinturão contra quem ganhar e pronto. Sou o único cara que enfrenta todo mundo. É protesto. Ou me dá (oportunidade pelo) cinturão, ou me manda embora. Vou para outro lugar, vou meter essa bronca”, declarou Gilbert.
Preferência pelo falastrão
Com o cinturão em mente, Durinho está focado na missão de se tornar campeão até 77 kg. Mas, se pudesse escolher, o brasileiro gostaria de enfrentar Covington pelo título em seguida, um rival que tem sido o alvo do atleta de Niterói há alguns meses.
“Acho que vou enfrentar o Colby, ele é bom mesmo, vai botar o Leon para baixo. E é a luta que eu quero há anos. Vai ser um lutão, acho que consigo nocautear ele. Se rolar muito grappling, que delícia, vamos fazer jiu-jitsu para caramba. Estou amarradão para essa luta, vamos ver, mas acho que vai ser essa”, concluiu.
Aos 36 anos, Durinho parece estar próximo de seu auge como profissional de MMA. Em boa fase no UFC, o brasileiro soma 22 vitórias e cinco derrotas em seu cartel na modalidade.