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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Caio Borralho revela “sinuca de bico” na briga entre Borrachinha e Chimaev

Às vésperas do UFC 279, um outro fato roubou a cena no início da semana que antecede o evento deste sábado (10). Os lutadores Paulo ‘Borrachinha’ e Khamzat Chimaev discutiram nas dependências do Instituto de Performance do UFC (PI), quase chegaram às vias de fato e criaram uma nova potencial rivalidade dentro da organização. No meio da confusão, no entanto, um atleta observava tudo sem saber como agir.

O peso-médio (84 kg) do UFC Caio Borralho, que no passado já treinou com Borrachinha e atualmente tem ajudado Chimaev no camp de preparação para a luta contra Nate Diaz neste sábado, estava presente no local na hora da discussão e confessa que ficou em uma “sinuca de bico” na hora de decidir que atitude tomar ou qual lado apoiar. Na dúvida, o maranhense admitiu, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, que optou por se manter o mais neutro possível, de olho somente em diminuir a tensão que tomava conta do momento.

“Eu fiquei em uma sinuca de bico da p*** lá. Fiquei meio parado, fiquei na porta, só meio que esperando se alguém ia entrar no tatame ou se alguém ia sair, para eu não deixar acontecer nada. Eu conheço o Borrachinha, passei dez dias no camp dele. A gente não é amigo, mas tem um certo tipo de respeito, de ligação. Eu passei duas semanas, quase três, com o Khamzat e toda a equipe dele. Então, eu também tenho um super respeito e admiração. A galera é tipo família lá, me trataram muito bem. Eu fiquei meio que em uma sinuca de bico para saber o que eu fazia. Acabei só tirando o (Alan) ‘Finfou’ de lá na hora da confusão, onde os ânimos estavam quentes. Mas ainda bem que não rolou nada”, comentou Borralho.

O episódio, que viralizou na internet após ambos os lados publicarem vídeos do ocorrido, fez com que parte da comunidade das lutas especulasse sobre um possível futuro confronto entre Borrachinha e Chimaev dentro do octógono do UFC. Questionado sobre o assunto, Borralho novamente preferiu se manter neutro e evitou apontar um favorito ou revelar qual dos lutadores contaria com a sua torcida no potencial duelo.

“Deixa para lá, eu prefiro deixar para lá. Porque, principalmente a torcida, algumas pessoas no Brasil não entendem. Às vezes me veem com o Chimaev e tem muita gente que vem falar: ‘Po, você não é patriota, tá no time dos caras. Você é baba ovo de gringo’. A galera não consegue entender o meio que a gente vive. Então, melhor eu não me comprometer de jeito nenhum. Não estou dizendo que eu torceria para um ou para outro, mas acho melhor deixar isso para depois”, despistou o peso-médio do UFC.

Além de ajudar Chimaev a afiar suas armas para o duelo contra Nate Diaz na luta principal do UFC 279, neste sábado, em Las Vegas, Caio Borralho também aproveita a experiência na equipe do russo naturalizado sueco, a All Stars Gym, para se preparar para o seu próximo compromisso no octógono mais famoso do mundo. Após vencer seus dois primeiros combates no Ultimate, o peso-médio está escalado para o card da edição de número 280, que acontecerá em Abu Dhabi (EAU), onde enfrentará Makhmud Muradov.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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