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Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Brasileiro exalta estabilidade no Karate Combat, mas cogita volta ao MMA

Principal representante brasileiro no Karate Combat, Luiz Rocha – detentor do cinturão peso-leve (até 68 kg) e primeiro atleta tupiniquim a conquistar um título da companhia – já se consolidou como uma das estrelas da organização. Prova disso é que, neste sábado (27), o brasileiro enfrentará Josh Quayhagen, em uma inédita superluta entre campeões da entidade, no ‘main event’ da edição de número 35 do show, sediada na Flórida (EUA). Mas, apesar do sucesso na liga que promove disputas full-contact de caratê, o atleta da equipe ‘Pitbull Brothers’ não descarta uma volta ao MMA.

Depois de uma trajetória de sucesso no caratê esportivo, com muitas conquistas internacionais como membro da seleção brasileira, Luiz migrou para o MMA e rapidamente chegou a uma das maiores organizações da modalidade. Com apenas quatro lutas profissionais nas artes marciais mistas e ainda invicto, o potiguar estreou com vitória no Bellator, em novembro de 2017, no que parecia ser o começo de uma promissora passagem pela entidade presidida por Scott Coker.

Porém, esta foi a primeira e única apresentação do lutador no Bellator. Pouco depois de sua última luta de MMA, Luiz assinou com o Karate Combat, onde atua até hoje, sendo uma das maiores estrelas da companhia. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, o carateca explicou os motivos que o fizeram decidir por essa mudança em sua carreira.

“Digamos que eu fui tratado no Karate Combat melhor do que no MMA, apesar de ter chegado muito rápido ao Bellator, que é um dos maiores eventos do mundo. Mas eu cheguei no Bellator apenas como mais um lutador, no Karate Combat eu já cheguei com um status maior. E eu vinha de uma cirurgia no joelho, que eu não sabia como eu iria me recuperar, é sempre uma incógnita. Então, ter essa segurança que o Karate Combat proporcionou, um contrato longo, 16 lutas já inicial, me proporcionou uma segurança que eu precisava naquele momento. No Karate Combat, a regra é praticamente igual a do MMA na parte em pé, na parte de striking. Então, no treinamento não mudou muita coisa, mas essa questão da estabilidade, da segurança que o Karate Combat me proporcionou desde o início foi muito relevante para eu tomar a decisão”, explicou Luiz Rocha.

Outro fator importante que contribuiu na mudança de foco na carreira do potiguar foi o contrato assinado com o Karate Combat. Sem que Luiz se desse conta inicialmente, o acordo prevê exclusividade sobre os serviços do lutador da ‘Pitbull Brothers’, o que impossibilitaria sua continuidade no MMA. Mas, de acordo com o campeão, uma volta à modalidade no futuro não está fora de cogitação.

“Eu não sabia inicialmente que o Karate Combat teria contrato de exclusividade, porque meu contrato com o Bellator previa que eu fosse disputar competições de caratê, então, eu imaginei que pudesse lutar os dois. Essa foi minha sacada inicial, mas o próprio Karate Combat exigiu exclusividade. Foi o que me limitou de lutar MMA. Mas a volta para o MMA não é uma hipótese que eu descarto, muito pelo contrário. Eu penso em voltar a lutar MMA. Não sei se após meu contrato com o Karate Combat vencer ou talvez um cross-promotion contra algum lutador de MMA de outra organização. São coisas que passam pela minha cabeça, são possibilidades que eu vejo como possíveis”, afirmou.

No MMA, Luiz Rocha venceu quatro combates e teve uma luta terminando em ‘no contest’ (sem resultado). Mas, enquanto não promove seu retorno à modalidade, o potiguar segue em ação pelo Karate Combat. Neste sábado, o carateca – dono do cinturão dos leves – mede forças com o campeão dos meio-médios (até 75 kg) da organização, o americano Josh Quayhagen, em duelo de peso-casado (71.7 kg), sem que os títulos de ambos estejam em jogo, na luta principal da edição 35, na Flórida.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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