Ex-campeã peso-palha (52 kg) do LFA, Jaqueline Amorim chegou ao UFC cercada de expectativas, principalmente pelo jogo de chão afiado que a ajudou a vencer seus seis primeiros combates no MMA profissional. Porém, logo na estreia pelo Ultimate, a brasileira sofreu sua primeira derrota na modalidade, para Sam Hughes. O revés, entretanto, serviu como aprendizado.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Jaqueline revelou que a maior lição que tirou do revés na sua estreia no Ultimate foi aprender ter mais paciência no início das lutas – aprendizado que ela espera botar em prática neste sábado (12), quando enfrentará Montserrat Ruiz, no UFC Vegas 78. Na visão da manauara, o fato de não ter dosado sua energia no primeiro round contra Sam Hughes contribuiu para que seu desempenho nos últimos dois assaltos do combate fosse comprometido, o que determinou sua derrota.
“Eu aprendi mais com essa derrota do que se eu tivesse ganhado. Como eu venho do jiu-jitsu, a gente entra com a cabeça de querer finalizar, e foi o que eu tentei fazer no primeiro round. Mas eu aprendi muito porque no UFC é diferente, você tem que ser mais paciente. Então, acho que faltou experiência de cage. Foi a primeira luta que eu passei do primeiro round. (Tenho que) Ser uma lutadora mais paciente e acreditar no meu jogo em longo termo nos rounds”, reconheceu a faixa-preta.
Paciência sem perder o ímpeto de finalizar
Com cinco das seis vitórias no MMA profissional conquistadas via finalização, Jaqueline Amorim entende que também não pode se afastar de sua principal característica. Por isso, apesar de pregar mais paciência nas escolhas durante o combate, a brasileira deixa claro que não abdicará do ímpeto por finalizar as lutas caso a oportunidade certa apareça.
“Eu vou entrar nessa luta para finalizar, mas dessa vez vai ser uma coisa mais paciente e não muito apressada, como da última vez. Você tem que saber o momento certo de fazer o ataque. Foi isso que eu aprendi na última luta”, concluiu.
Aos 28 anos, Jaqueline Amorim compete no MMA profissional desde 2020. Neste período dedicado às artes marciais mistas, a manauara conquistou seis vitórias – cinco por finalização e uma por nocaute – e sofreu apenas uma derrota, exatamente em sua estreia pelo UFC, em abril deste ano.
