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Anderson mostra pessimismo sobre possível luta com Roy Jones: “Acho que não vai acontecer”

Após Anderson Silva estrear no boxe internacional com uma vitória convincente sobre o ex-campeão mundial Julio Cesar Chavez Jr, em junho deste ano, muitos esperavam que o próximo adversário do ‘Spider’ seria o veterano Roy Jones Jr, lenda da nobre arte e um dos ídolos do brasileiro, que durante anos sugeriu um duelo entre eles. No entanto, o escolhido para medir forças com o paulista no ringue desta vez foi o ex-astro do UFC Tito Ortiz, e, ao que parece, o sonhado confronto entre Anderson e Roy Jones deve realmente ficar apenas na imaginação dos fãs.

Durante a coletiva de imprensa virtual para promover o combate entre Anderson e Tito, realizada nesta segunda-feira (16), o ‘Spider’ foi questionado sobre a possibilidade de encarar Roy Jones Jr na sequência de sua peleja contra Ortiz – marcada para acontecer no dia 11 de setembro, em Los Angeles (EUA), em evento da ‘Triller’ – e não pareceu muito otimista. De acordo com o ‘Spider’, ele segue em contato com o ex-campeão mundial de boxe, mas, aparentemente, não existe força para que essa luta saia do papel.

Apesar disso, Anderson ressaltou que, assim como ocorreu durante toda sua carreira no MMA, segue se inspirando no estilo de Roy Jones Jr em sua transição para o boxe profissional, como foi visto dentro do ringue no combate contra Chavez Jr. O brasileiro inclusive brincou com esse fato, ao revelar que seus treinadores constantemente lhe chamam a atenção para levantar a guarda e copiar os movimentos da lenda da nobre arte.

“Eu falei sobre essa luta (com Roy Jones Jr) muitos anos atrás. Primeiro de tudo, eu respeito e sou um grande fã do Roy Jones. Eu tentei copiar Roy Jones durante minha vida toda, porque ele é incrível. Eu não acho que essa luta vá acontecer agora. Mas eu continuo falando com o Roy Jones. Ele falou comigo quando eu lutei com (Julio Cesar) Chavez Jr e me desejou boa sorte, e eu perguntei a ele sobre algo que eu poderia fazer. Eu assistia as lutas quando o Roy Jones abaixava as mãos, olhava para o cara e falava: ‘Vem cá’. E foi a mesma coisa que eu fiz quando comecei no UFC, eu assistia muito os vídeos do Roy Jones, Muhammad Ali e do Bruce Lee”, contou Anderson Silva, antes de continuar.

“E hoje em dia, eu continuo assistindo os vídeos do Roy Jones e isso me inspira muito. Mas eu acho que a luta não vai mais acontecer. Mas eu o respeito muito e sou um grande fã, eu segui o Roy Jones por toda sua carreira. E eu me sinto feliz por tentar fazer o mesmo que ele dentro do ringue. Meus treinadores não gostam muito, e às vezes eu me sinto triste porque meus treinadores me batem muito (risos), mas eu tento copiar o Roy Jones. Mas é um nível diferente. Meus treinadores falam para mim todo dia: ‘Você não é o Roy Jones Jr, bota as mãos para cima e pare com isso”. E eu digo: ‘Ok, eu vou tentar’ (risos)”, concluiu.

Após construir uma carreira vitoriosa no MMA, onde reinou durante anos como soberano dos pesos-médios (84 kg) do UFC e se consolidou como um dos maiores lutadores de todos os tempos, Anderson Silva decidiu se aventurar no boxe profissional, uma antiga paixão. Em sua primeira experiência internacional, contra o ex-campeão mundial Julio Cesar Chavez Jr, em junho deste ano, o brasileiro surpreendeu a todos e dominou boa parte dos oito rounds contra o mexicano, saindo do ringue com a vitória por pontos.

Com o triunfo sobre Chavez Jr, o ‘Spider’ viu seu nome ser especulado em vários potenciais combates de boxe, com possíveis adversários variando do youtuber Logan Paul ao ex-campeão mundial, e lenda do esporte, Roy Jones Jr. Porém, recentemente, foi anunciado que o próximo compromisso de Anderson Silva na nobre arte será contra o americano Tito Ortiz, ex-detentor do cinturão meio-pesado (93 kg) do UFC, que fará sua estreia na modalidade, no dia 11 de setembro, em Los Angeles, em evento da ‘Triller’ que será liderado pelo duelo entre Oscar De La Hoya e Vitor Belfort.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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