St-Pierre foi campeão dos meio-médios e dos médios do Ultimate – Diego Ribas
Após reinar por cinco anos na categoria dos meio-médios (77 kg) do UFC, Georges St-Pierre sempre foi apontado como um dos grandes lutadores da história do MMA. Em sua época, o canadense costumava ver seu nome ao lado de Anderson Silva na conversa sobre quem era o melhor de todos. Porém, o canadense admite que toda essa discussão era uma ilusão.
Em entrevista ao site da ‘ESPN’ americana, o também ex-campeão do peso-médio (84 kg) do UFC admitiu que quando deu seus primeiros passos no esporte sua meta era deixá-lo com o status de ser o ‘GOAT’ (sigla em inglês para melhor de todos os tempos). No entanto, com o decorrer da carreira pôde observar que essa questão é muito subjetiva e, que apesar de grandes vitórias, não existe um fator primordial para colocar um lutador acima do outro.
“Quando eu era jovem, eu queria ser o melhor de todos os tempos, mas quando fiquei mais velho e tive mais experiência, percebi que isso não existe. Você não pode ser o melhor lutador do planeta. Sempre haverá um cara que vai vencê-lo. Sei que algumas pessoas dizem: ‘Não, isso não é verdade’. Mas se você treinar com muitos parceiros de treinamento diferentes, com pessoas diferentes, descobrirá que é verdade. Talvez haja caras melhores que você e que não estão lutando, mas se você lutar com eles na academia, verá que eles vão bater em você. É assim. É assim que o mundo funciona. Não há um cara melhor. Em qualquer dia, um cara será melhor que o outro”, afirmou o lutador, complementando.
“Quando você luta com um cara e é campeão, você é campeão porque só venceu aquele cara naquela noite. Não lhe dá o direito de colocá-lo acima de todo o resto da lista. É assim que a maioria das pessoas vê, mas não é assim que eu vejo agora. Antes era assim que eu pensava, mas agora percebo que é tudo uma ilusão”, completou o canadense que teve 26 vitórias e apenas duas derrotas em sua trajetória no MMA profissional.
Após reinar de 2008 até 2013 nos meio-médios do UFC, Georges S-Pierre retornou de um tempo inativo e fez sua última luta da carreira no peso-médio, quando derrotou o inglês Michael Bisping, em 2017, por finalização e faturou seu segundo cinturão no Ultimate.