Suspenso em 2016, o brasileiro voltou à ativa na temporada de 2018 – Fábio Oberlaender
Desde que retornou de suspensão imposta pela USADA, Carlos Diego Ferreira não sabe o que é perder no Ultimate – já são três vitórias seguidas após sua volta aos octógonos. A boa fase o aproxima cada vez mais de seu principal objetivo no momento: entrar na lista dos 15 melhores ranqueados entre os pesos-leves (70 kg). Mas para manter este sonho vivo, o brasileiro terá que superar Mairbek Taisumov neste sábado (7), no UFC 242, com sede em Abu Dhabi.
O confronto com o russo será parada dura para Diego, já que Taisumov vem de seis triunfos consecutivos na organização. Dono de mãos pesadas – que nocautearam cinco de seus últimos seis rivais -, ‘Beckan’, como é conhecido, oferece um perigo real para o brasileiro na luta em pé. E até por conta disso, Carlos contou, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, que planeja apostar suas fichas em seu carro chefe: o jiu-jitsu.
“Meu objetivo é chegar no top 10/top 15. Então essa luta é muito importante, porque ela vai abrir espaço para mim. Estou bem ansioso por essa luta, por ela ser difícil, mas jogar no top 10/15 é o meu plano. Principalmente passando do Taisumov, depois dele sei que posso chegar no top 15 com mais uma luta. Passando dele, acho que ainda vou precisar de mais uma vitória (pra entrar no ranking)”, projetou Ferreira, antes de opinar sobre o duelo de estilos do combate.
“Eu vejo um grappler, lutador de chão, lutando contra um boxer. Meu objetivo para essa luta é tentar trocar um pouco em pé, mostrar um pouco do meu boxe. Vai ser uma luta que vai se desenrolar bem, não vai direto para o chão. Achei bem legal o casamento de estilos. Pretendo explorar bastante a parte de chão, porque ele é um cara que não fica muito tempo no chão. Vou ter que puxar e botar ele para baixo assim que eu conseguir a brecha e aplicar meu jogo”, completou o peso-leve brasileiro.
A sede pouco convencional do card de número 242, nos Emirados Árabes, não chegou a ser um problema para a preparação de Diego, até porque o brasileiro já havia visitado a região anteriormente. Portanto, o peso-leve minimizou a questão de fuso-horário e revelou que a principal dificuldade na adaptação em Abu Dhabi é climática.
“Eu vim para Abu Dhabi, essa é minha segunda vez em Abu Dhabi, então eu já sabia o que estava me esperando. Então já fiz uma caminhada no lado de fora, no calor porque aqui é muito quente. O fuso-horário não me abalou muito, até porque a maioria das minhas lutas foi em outros países, então não me espantei muito com isso. Não fiz um treinamento especial para isso (me adaptar), tentei focar mais na parte do calor mesmo, porque aqui é muito quente de verdade, destacou o atleta da ‘Team Ferreira’.
A luta mais aguardada do show do outro lado do mundo também será disputada na categoria até 70 kg. Khabib Nurmagomedov, campeão linear do Ultimate, coloca sua invencibilidade em jogo diante de Dustin Poirier, detentor do cinturão interino dos pesos-leves.