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‘Marreta’ aprova experiência como córner da namorada, mas admite: “Prefiro lutar”

Sem lutar desde julho de 2019, Thiago ‘Marreta’ teve a oportunidade de estar novamente próximo do octógono do UFC no último sábado (8), ao atuar como córner da peso-galo (61 kg) Yana Kunitskaya, sua namorada e companheira de treinos, que superou Julija Storialenko por decisão unânime dos juízes. E, apesar de aprovar a experiência e o resultado positivo conquistado pela amada, o carioca admitiu que se sente mais confortável ao se apresentar dentro do cage.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight nos bastidores do UFC Las Vegas (veja acima ou clique aqui), o ex-desafiante ao cinturão meio-pesado (93 kg) do Ultimate exaltou a estratégia perfeitamente executada por Kunitskaya durante os três rounds da disputa para superar a adversária, que aceitou substituir a brasileira Ketlen Vieira de última hora. A troca de oponentes também provocou uma mudança na tática de luta adotada pela russa, que imprimiu um sufocante jogo de grade em grande parte do duelo, dominando as ações amplamente, fato corroborado pelo recorde de maior diferença de golpes aplicados em uma peleja da categoria conquistado por Yana.

“A gente sabia que a menina era grappler, tem boas posições no chão, mas a gente trabalhou muito o antijogo, era isso mesmo (a estratégia). Movimentar e cansá-la, porque ela foi chamada de última hora (para substituir a Ketlen Vieira). Então, fazia parte da nossa estratégia cansá-la na grade e dominar todos os rounds. Mudou um pouco a estratégia porque a (nova) adversária tinha um estilo diferente da Ketlen. A Ketlen gosta de trabalhar mais em pé, mais as quedas. Essa nova adversária busca o tempo todo a finalização, o armlock, a luta de chão. Então, mudou um pouco, mas a gente estava bem treinado, foi só ajustar uma coisa ou outra”, explicou o orgulhoso ‘Marreta’, antes de analisar seu papel como córner da namorada.

“Eu gosto (de ser córner), mas é um nervosismo, uma sensação um pouco diferente. Eu fico mais nervoso do que quando eu luto. Mas eu gosto, gosto de ajudar. Prefiro lutar (risos). De córner, como eu falei, eu fico um pouco nervoso. Mas acho que consegui desempenhar um bom papel”, ponderou.

Completamente recuperado após passar por cirurgia nos dois joelhos no ano passado, ‘Marreta’ encara o compatriota Glover Teixeira no próximo dia 12 de setembro, em evento que deve acontecer em Las Vegas. Ciente das habilidades do adversário tanto em pé como no chão, o carioca prometeu pisar no octógono preparado para todas as possibilidades de desenvolvimento do combate, ainda que dê preferência à trocação, sua especialidade.

“Foi difícil ficar tanto tempo sem lutar. Eu sempre gostei de me manter muito ativo, fazer três a quatro lutas por ano. Foi um período difícil, mas já passou. Estou pronto, com luta marcada e falta pouco para estar de volta dentro do octógono”, contou Thiago, antes de analisar o duelo contra Glover Teixeira.

“O Glover é um cara muito experiente. Eu tenho que estar pronto para tudo. Ele tem nocaute, tem finalização, é um cara muito completo. Difícil eu falar aonde a luta vai se desenhar. É claro que o meu jogo é a luta em pé, é claro que eu vou tentar manter a luta em pé, mas eu estou pronto também se a luta for para o chão. Eu sei que ele é um grande grappler e eu tenho que estar pronto para isso”, concluiu o meio-pesado do UFC.

Recentemente, Thiago ‘Marreta’ se mudou, junto com Yana Kunitskaya, para a Flórida (EUA), onde tem feito a parte final de sua preparação para o duelo contra Glover Teixeira na academia da ‘American Top Team’. Em sua última apresentação, o carioca acabou superado por Jon Jones na decisão dividida dos juízes, em disputa válida pelo cinturão dos meio-pesados do UFC.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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