Atualmente, Fabricio Werdum é atleta do PFL, mas nem por isso fecha as portas para outros desafios para a sua carreira. Fora das semifinais do torneio dos pesos-pesados para cuidar de problemas físicos, o gaúcho cogita a possibilidade de voltar a competir em um evento que lhe traz grandes recordações: o ADCC, campeonato mundial de grappling.
Anteriormente, o torneio estava marcado para acontecer em setembro deste ano, mas devido às restrições devido à pandemia de coronavírus que atinge o mundo, ele foi remarcado para 2022. Por isso, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui), o brasileiro, que foi campeão em duas ocasiões no ADCC, em 2007 e 2009, se mostrou aberto a disputar novamente o show, mas sob algumas condições.
“Se me convidassem para uma superluta, da mesma faixa etária, da mesma época, de repente eu faria. Mas lutar com um cara da atualidade, de 20 e poucos anos, tem que pensar, porque precisa se dedicar muito. Teria que parar tudo para poder me dedicar a treinar para isso. Não posso fazer MMA e lutar o ADCC”, afirmou, antes de concluir.
“Tem a possibilidade, mas depende da proposta. Hoje em dia eu posso analisar, porque estou bem. Antigamente eu queria lutar de qualquer jeito. Se a proposta boa e for qualquer um, estou lutando. Se for da mesma faixa etária seria bom, mas se a proposta for boa, pode colocar qualquer um”, completou o ex-campeão dos pesados do UFC.
Embora se mostre aberto a lutar novamente no torneio e destaque a sua importância no cenário marcial, Werdum fez algumas críticas ao evento. A principal bronca do brasileiro é em relação as regras e a premiação. De acordo com o gaúcho, o show ficou defasado nestas questões e precisa se atualizar como outras competições.
“O ADCC tem todo o glamour, é o campeonato mundial do grappling, que é o jiu-jitsu sem quimono. A regra eu não gosto, meio parada no começo, aqueles primeiros cinco minutos sem pontos, ninguém quer arriscar muito. Os caras ficaram estagnados na regra, então não gosto muito. Acho legal o evento. Eles também estagnaram na premiação, é a mesma de 2003, da primeira vez que participei. Tinham que evoluir nisso”, explicou.