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Brasileiro da ‘ATT’ defende Covington e revela que pai mudou de opinião ao conhecê-lo

Colby Covington é conhecido por suas polêmicas fora do octógono do UFC – Rigel Salazar

Conhecido por suas declarações polêmicas, Colby Covington coleciona desafetos por toda a comunidade do MMA. Entre eles, uma enorme quantidade de fãs e atletas brasileiros que se sentiram desrespeitados pelo americano, que atacou o Brasil e sua população com comentários grosseiros, ao enfrentar e derrotar Demian Maia e Rafael Dos Anjos, em sequência. Companheiro de equipe do meio-médio (77 kg) na ‘American Top Team’, Pedro Munhoz tem outra opinião sobre o falastrão.

Com diversos brasileiros no elenco da ‘ATT’, a opinião sobre o controverso lutador varia. Alguns entendem que tudo não passa de um personagem criado por Covington para promover seu nome no UFC, citando até as qualidades da verdadeira personalidade do meio-médio para justificar a boa relação. Outros não o perdoam por achar que seus comentários em relação ao Brasil e seu povo passaram do limite do aceitável. Em entrevista ao vivo pelo ‘Youtube’ à reportagem da Ag Fight (veja abaixo ou clique aqui), Pedro Munhoz revelou que faz parte do primeiro grupo e contou que até seu pai, que não via o americano com bons olhos, passou a gostar dele após conhecê-lo pessoalmente.

“O Colby é um cara que comigo sempre foi tranquilo, sempre me respeitou. Desde quando eu cheguei aqui, ele sempre conversou comigo. Eu não tenho nada o que falar dele, comigo ele é um cara de boa. Inclusive, os meus pais vieram para cá (Flórida), há dois anos, e meu pai falou assim: ‘Não foi esse babaca que falou do Brasil?’. Eu falei: ‘É, pai. Mas o cara é gente boa para caramba’. Aí o cara veio conversar um dia comigo e começou a conversar com meu pai. Como meu pai não entendia inglês, eu comecei a traduzir. Agora meu pai o adora. Ele foi deixando ele mais suave, tranquilizando ele pouquinho a pouquinho, e agora meu pai adora ele”, contou Munhoz, antes de admitir que não conseguiria manter essa ‘vida dupla’ do companheiro de equipe.

“Muitas pessoas não entendem. Eu mesmo há um tempo não entenderia, mas eu tive uma impressão boa dele quando cheguei aqui. Então, qualquer coisa que ele fala, eu sempre levo para o lado profissional, tento não levar para o lado pessoal. Mas eu acho que a maioria das pessoas, inclusive eu algumas vezes, a gente leva para o lado pessoal e não pensa no motivo (para as declarações polêmicas). Se ele se sente bem fazendo isso, se ele gosta, se ele consegue dormir a noite, beleza. Não é para mim, eu não conseguiria fazer outro personagem, além de ser eu mesmo. Não conseguiria fazer algo assim só para vender mais. O que eu acho legal são os desafios, no respeito. Porque a arte marcial que eu aprendi era tudo uma coisa de respeito. Ao tatame, ao treinador, ao professor, aos nossos companheiros de treino. Hoje em dia o MMA está se profissionalizando de um jeito que ele passou desse negócio de arte marcial e virou um entretenimento igual a WWE”, concluiu o peso-galo (61 kg) do UFC.

Mas engana-se quem pensa que as polêmicas de Covington se resumem aos brasileiros. O meio-médio acumula desafetos das mais variadas nacionalidades, alguns também membros da ‘American Top Team’, como a polonesa Joanna Jedrzejczyk e os americanos Jorge Masvidal e Dustin Poirier.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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