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Amanda Ribas relembra brincadeira inusitada do pai para definir sua ida para ATT

Amanda Ribas é a atual 15ª colocada no ranking peso-palha (52 kg) do UFC – Carlos Antunes

Que Amanda Ribas não é uma pessoa ‘comum’ é fácil de identificar ao assistir um de seus combates ou acompanhar uma de suas interações fora do octógono. Com um talento para o esporte que salta aos olhos, a peso-palha (52 kg) conseguiu três expressivas vitórias desde sua estreia no UFC, em junho de 2019. Apresentações que já garantiram um lugar no ranking da categoria e a posicionam como uma das grandes promessas em ascensão na entidade. Longe do ambiente de luta, a mineira de Varginha também se destaca. Aparentemente sempre de bem com a vida, a lutadora distribui largas e estridentes risadas que sentenciam seu carisma natural. E, ao que tudo indica, o jeito leve de levar a vida vem de família.

Em entrevista ao vivo pelo Youtube à reportagem da Ag. Fight (veja abaixo ou clique aqui), Amanda relembrou uma divertida história de como foi decidida a sua ida para a American Top Team, equipe baseada na Flórida (EUA) na qual a atleta realiza a parte final de seus camps de preparação. Com uma proposta para lutar na China e a oportunidade de treinar em uma das principais equipes de MMA do planeta na mesa, Marcelo Ribas se viu em uma encruzilhada. Como solução, o pai e treinador da mineira resolveu utilizar um método inusitado para escolher o destino de sua filha: anotou cada opção em um lado de uma borracha e deixou a sorte definir o futuro da lutadora.

“Foi uma coisa bem diferente. Antes de eu ir para a American Top Team, surgiu uma proposta para lutar em um evento lá na China, só que eles não iam pagar passagem, nem nada direito. Aí meu pai conversou com o Carlão Barreto, com o pessoal, e perguntou a opinião deles. O Carlão falou para o meu pai: ‘Ah, Marcelo. Eu acho que para a Amanda ia ser uma coisa muito boa ela treinar na American Top Team, para ganhar mais experiência, para conhecer o meio mesmo’. Aí meu pai pegou uma borracha, escreveu de um lado China e do outro American Top Team. Jogou (para o alto) e deu American Top Team (risos). Com o dinheiro que a gente tinha para pagar a passagem para a China, eu fui para a American Top Team”, contou Amanda, antes de completar.

“Quem fez o intermédio foi o Carlão e o Minotauro com o pessoal. Chegando lá, o Alex Davis, que hoje é meu empresário, foi me buscar no aeroporto, aí já comecei a conhecer o pessoal. Conversei com o sensei Parrumpinha, com o Conan. Na primeira vez que eu cheguei lá para treinar, foi em um sábado, estava nervosa, antes de aquecer já estava suando. Olhei para um lado estava a Amanda (Nunes) treinando com a Nina (Ansaroff), olhei para o outro e estava o Cigano com o Cara de Sapato. Pensei: ‘Gente do céu, onde eu estou?’. Eu só não chorei porque estava concentrada para treinar, porque foi muito massa”, relembrou a mineira, que admitiu só ter tomado conhecimento da história recentemente: “Eu não sabia que ele tinha feito isso (decidido meu futuro jogando a borracha para cima). Ele foi me contar no ano passado. Eu falei: ‘Papai do céu, você é muito doido’ (risos)”, brincou.

Aos 26 anos, Amanda Ribas acumula nove vitórias e apenas uma derrota em seu cartel. Antes de se tornar profissional, a mineira foi campeã mundial de MMA amador em 2014. Pelo UFC, a peso-palha superou Emily Whitmire, Mackenzie Dern e Randa Markos, respectivamente.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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