Quatro meses depois de ter sido nocauteado por Islam Makhachev em sua segunda tentativa de conquistar o título peso-leve (70 kg) do Ultimate, Alexander Volkanovski voltará ao octógono mais famoso do mundo, desta vez para defender seu cinturão dos penas (66 kg), contra Ilia Topuria, no UFC 298, marcado para o dia 17 de fevereiro. O rápido retorno à ação e a alta frequência de lutas do australiano, que vai para o seu quarto combate em 12 meses, preocupam fãs e especialistas, mas ‘The Great’ trata de tranquilizar a todos.
Ao canal do ‘Youtube’ do ex-lutador e comentarista Michael Bisping, Volkanovski minimizou a situação e rejeitou a ideia de que teria apressado sua volta aos octógonos. Para corroborar sua decisão, o campeão recordou que sua equipe solicitou o adiamento da disputa contra Topuria em um mês, justamente para que todo o processo de recuperação após o nocaute sofrido em outubro fosse respeitado, assim como o tempo necessário para seu camp de preparação.
“As pessoas estão tipo: ‘Ele está voltando muito cedo?’. Não vejo muito sentido. Eu tive muito tempo. Esse tem sido um camp muito longo para mim. Obviamente, eu segui todos os protocolos depois da concussão. Tenho sorte de ter um grande time ao meu redor. Nós seguimos isso à risca, e é por isso que a luta foi adiada um mês, porque nós achamos que janeiro seria corrido. Nós queríamos um mês extra onde eu poderia ir com calma e depois começar o camp. Foi isso que fizemos. Não estou fazendo isso apenas para arrumar minha cabeça. Eu estou fazendo isso porque quero estar ativo, quero estar ocupado, e sei que é tempo suficiente”, afirmou Volkanovski.
Saúde mental
O discurso de Alexander Volkanovski bate com a revelação feita pelo lutador logo após o término do UFC 294, disputado em Abu Dhabi, em outubro. Na ocasião, o campeão dos penas chegou a se emocionar e abriu o jogo sobre estar enfrentando problemas de saúde mental, e, segundo ele, se manter o mais ativo possível profissionalmente serve como uma espécie de válvula de escape para sua situação.