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Louis Grasse/PxImages

UFC

Valentina debocha de críticas de Blanchfield ao seu jogo de chão: “Filhote latindo”

Uma das campeãs mais dominantes do Ultimate na atualidade, seja entre homens ou mulheres, Valentina Shevchenko volta ao octógono neste sábado (4), no co-main event do UFC 285, em Las Vegas (EUA), para defender seu título peso-mosca (57 kg) diante de Alexa Grasso. Apesar de focada no seu compromisso, a lutadora do Quirguistão se mantém atenta às possíveis ameaças ao seu reinado no futuro, como é o caso da jovem Erin Blanchfield.

Em franca ascensão desde que estreou no UFC, em setembro de 2021, a americana de 23 anos venceu todos os cinco confrontos disputados na liga, o último sobre Jéssica ‘Bate-Estaca’ no dia 18 de fevereiro, e já ocupa a terceira posição no ranking peso-mosca, sendo apontada como a favorita ao próximo ‘title shot’, caso Valentina supere Grasso neste sábado. Confiante dentro e fora do cage, Blanchfield inclusive teceu alguns comentários sobre a campeã recentemente que, ao que parece, não foram bem-recebidos por Shevchenko.

Ao ‘The MMA Hour’, Blanchfield classificou o jogo de solo da campeã como “básico” e sugeriu que, talvez, ela devesse trabalhar para melhorá-lo. Em entrevista ao mesmo programa, em um episódio diferente, Valentina Shevchenko debochou da ousada declaração da jovem promessa da divisão, a quem comparou com um “filhotinho de cachorro”. Na visão da quirguistanesa, a americana ainda age com um ímpeto desproporcional ao seu status, o que só deve ser corrigido com o passar do tempo.

“É realmente engraçado vê-la dizer isso, especialmente vindo de uma garota de 23 anos que tem cinco lutas (no UFC). É realmente engraçado. Para mim, é como quando você vê um filhotinho de cachorro. Ele está latindo, pulando, feliz, ainda não viu a vida ainda, não teve experiência com nenhum problema na vida e as orelhas estão sempre para cima. Na natureza, quando um filhote está crescendo, chegando na vida adulta, eles começam a viver todos esses problemas da vida real. Aí eles começam a entender como viver, como lidar com isso, como ser inteligentes, como ser eles mesmo e encontrar seu estilo de vida”, ponderou a campeã.

Para Shevchenko, este tipo de comportamento tem sido comum entre jovens atletas que chegam ao UFC cercadas de expectativa. Mas, como a própria campeã frisa, nem todas promessas conseguem corresponder a essas expectativas dentro do octógono antes de passar por dificuldades e amadurecer, como foi o caso de Mayce Barber, outra lutadora na qual se depositava muita esperança para o futuro quando estreou no peso-mosca do Ultimate em 2019, mas que só agora, após alguns tropeços, parece ter se estabelecido na carreira.

“É isso que está acontecendo com esse tipo de lutadores também. Eles são jovens, não tem medo ainda. Eles ainda não tiveram experiência com muita pressão. É antes dos primeiros golpes, antes da primeira competição real. Aconteceu com Maycee Barber, aconteceu com muitos outros lutadores. Depois disso, você meio que vê-los começarem a falar diferente. Você os vê sendo uma pessoa mais madura”, concluiu Valentina.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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