Ao que parece, Darren Till está motivado a mudar de patamar no MMA. Apesar de já ter disputado o cinturão dos meio-médios (77 kg) do UFC, o inglês, de 28 anos, ainda é visto como uma promessa do esporte. Para se consolidar como uma ameaça aos tops do peso-médio (84 kg), o atleta terá que superar Derek Brunson, na luta que acontece no dia 4 de setembro, em Las Vegas (EUA), e motivação não lhe falta.
Ao participar do programa ‘The MMA Hour’, Till citou os campeões Charles Oliveira e Jan Blachowicz como inspiração e prova de que tudo pode acontecer no esporte. Vale destacar que, antes de alcançarem o lugar mais alto do peso-leve (70 kg) e dos meio-pesados (93 kg), respectivamente, a dupla sofreu e ficou próxima de ser cortada do UFC. Como ainda é jovem, o inglês deu a entender que não tem pressa para ser campeão, mas sugeriu que, assim como o brasileiro e o polonês, não deve ser descartado.
“Estou bem, me sentindo violento. Vou sofrer 20, 55 derrotas, lesão após lesão para chegar onde quero estar. É bom ver caras como Charles, Blachowicz fazendo o que estão fazendo. Charles perdeu para Cerrone e agora é campeão. Estou preparado para fazer o que for preciso. Eu visualizo ganhar o cinturão e acredito. Acordo todos os dias e exijo muito da minha alma, mente e corpo. As pessoas podem dizer qualquer coisa de mim, que não dou a mínima. Eu quero uma coisa desse esporte. Eu sacrifiquei muita coisa. Não quero chegar aos 35, 40 anos, sem joelhos, sem costas, sem ombros, com algumas células faltando no cérebro”, frisou Till.
No peso-médio desde 2019, Till realizou duas lutas, venceu uma, perdeu outra e passou a ocupar o sétimo lugar no ranking. Apesar do momento de instabilidade, o inglês não se abala e tem plena consciência do que é capaz de fazer.
Inclusive, o lutador que garantiu que tem o que é preciso para superar os grandes nomes e até destronar Israel Adesanya, campeão da categoria. A relação entre o africano e o europeu é amigável e os atletas até brincam e se provocam, mas tudo indica que ‘The Gorilla’ está apto para trocar a amizade pelo título da divisão.
“Boa sorte, Adesanya, em sua jornada. Ele é meu fã e eu também sou fã dele, mas vou bater nele. Ele sabe disso. Eu sei que tenho as ferramentas para vencer Adesanya, Whittaker, Vettori, Paulo, Brunson, Hall, Strickland, todos esses caras. Não há nada em minha mente agora que me diga que não. Todos nós temos dúvidas e você não fica assim apenas pelos fãs, você é questionado por pessoas próximas a você. Eu amo isso. Adoro olhar para as pessoas que sei que duvidaram de mim e não dizer nada, mas apenas olhar para elas através de suas almas”, concluiu.