No que dependesse de Georges St-Pierre, seu afastamento dos esportes de combate poderia ter um fim ainda nesse ano, com um confronto contra a lenda do boxe Oscar De La Hoya. Porém, ainda sob contrato com o UFC, o canadense foi impedido de avançar nas negociações com a ‘Thriller’, companhia que promoveria a superluta contra o ex-pugilista campeão mundial.
Apesar de demonstrar consciência das razões que levaram seu antigo patrão, Dana White, presidente do UFC, a negar liberá-lo, ‘GSP’ admite que se frustrou com a situação. Em entrevista ao site ‘Cinema Blend’, o ex-campeão do Ultimate lamentou, especialmente, não poder repartir os lucros do evento com instituições de caridade.
“Eu entendo que Dana não queria que eu lutasse. No entanto, isso teria sido divertido. Porque minha carreira como um lutador profissional, para me tornar o melhor do mundo nas artes marciais mistas, está acabada. Eu vou fazer 40 anos amanhã (quarta-feira), eu vou fazer 40 anos. É um jogo para jovens”, ponderou ‘GSP’, antes de continuar.
“No entanto, fazer uma luta de boxe sob as regras que a Thriller coloca, contra o lendário Oscar De La Hoya? Para mim teria sido um sonho realizado, porque ele é o meu segundo boxeador favorito de todos os tempos, atrás de Sugar Ray Leonard. Além disso, muito do dinheiro ganho seria repassado para a caridade. Então, seria por uma boa causa, apenas para mostrar que nós não nos levamos a sério. E seria uma competição séria, porque você diz: eu jogo basquete, eu jogo hockey, mas você não pode ‘jogar’ lutar. Isso teria sido legal”, lamentou.
Amplamente considerado como um dos melhores lutadores de MMA de todos os tempos, Georges St-Pierre se aposentou da modalidade com um cartel de 26 vitórias e apenas duas derrotas. Em sua passagem pelo UFC, onde construiu grande parte de sua carreira, o canadense dominou durante anos a divisão dos meio-médios (77 kg), além de ter conquistado o cinturão do peso-médio (84 kg) em sua última apresentação.